PAULO AFONSO – Renato Honório de Carvalho, representante da empresa de ônibus Atlântico, botou para quebrar em cima dos parlamentares que castigaram a Atlântico na primeira parte das discussões sobre o contrato da empresa, agora na Câmara Municipal.
De acordo com ele, tudo o que a empresa queria era cumprir o contrato, ocorre que a prefeitura prometeu um quantitativo de passageiros por quilômetro, mas a realidade é outra.
“Tiram conclusão sem conhecer o contrato”, começou ele, “Por exemplo: meu custo quilômetro hoje custa 8,25, e no contrato é garantido que a empresa teria 2.27 passageiros por quilômetro, é só isso que a gente quer, nos dê que a empresa coloca tudo o que vocês almejam e até mais.”
Renato afirmou que, fosse como reza o contrato, a tarifa seria de 3,60 centavos, porém, como está, com apenas 1,2 passageiros por quilômetro, a empresa precisaria de uma tarifa de 7 reais para cobrir os custos.”
Renato disse ainda que, o prejuízo da Atlântico antes da pandemia, por não ter reajustado os 20 centavos, foi 500 mil reais.
De acordo com o representante, os ônibus estão de acordo com o que pede o contrato, que é até 6 anos de uso. “É ofensivo dizer que são sucatas.”
A Atlântico faturou 300 mil reais em abril, teve despesa de 100 mil com óleo diesil, e restou 200 mil “para tudo.”
“Eu tenho funcionários que recebem na data base e estão há cinco anos sem aumento, porque não é possível pagar.”
Com um rombo desse, o representante afirmou que a empresa ainda opera em Paulo Afonso “porque é signatária de um contrato”, mas que vai ajuizá-lo para reaver depois.
Em miúdos temos o seguinte: além de pagar a tarifa mais cara da Bahia, o pauloafonsino corre o risco de ter que arcar com milhões de reais, via imposto, caso a empresa coloque a prefeitura na Justiça por não cumprir o contrato.
Foto ASCOM/CMPA.