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Paulo Afonso-BA, 26 de abril de 2024

Articulação política medíocre leva a gestão de Luiz de Deus a enfrentar uma CPI

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PAULO AFONSO – Ainda que a oposição não consiga avançar com o processo de CPI, o estrago está contratado.

Com bastante tranquilidade é possível apontar onde começa e termina o desastre da gestão: na absoluta falta de articulação política que tem Val Oliveira à frente.

A CPI está sendo ventilada desde abril, quando o governo foi obrigado pelo Ministério Público Federal – já em curso com investigações acerca da compra de respiradores-, a afastar uma funcionária por 4 meses, e, apesar disso, deixou de responder quantas outras pessoas da pasta da Saúde eram responsáveis pelo processo de compras.

Vereadores da oposição acusaram o governo de usar a funcionária como bode expiatório. Daí por que se justificava uma investigação livre e minuciosa da Câmara para responder à sociedade aquilo que não ficou evidente com as sindicâncias instauradas na prefeitura.

Obviamente que as condições objetivas para um processo de CPI estavam dadas. Mas uma investigação tão devastadora que, entre outros complicadores, expõe empresas [e empresários] que participam de licitações no governo, requer mais que o objeto a ser investigado, é preciso a condição política, e esta, era improvável.

Luiz de Deus (PSD) foi eleito com 9 vereadores, e dois que estavam à espera de serem “vistos” pelo governo, num total de 11.

Para começo de conversa, Val se tornou em um embuste que atrapalhou a articulação com o deputado federal Mário Júnior (Progressistas); mas é mentiroso atribuir a ele a falta de espaço do PP no governo. O problema é com Luiz de Deus mesmo que não reconheceu o partido como decisivo para o 3º mandato.

Uma coisa que nenhum político que olhe com honestidade a questão entende. A não ser que reconheça o prefeito como orgulhoso. A verdade é que sem o PP o prefeito seria Mário Galinho (PSDB) e ponto final.

Mas Val tem sim seu quinhão de culpa em tudo isso que está prestes acontecer ao governo. Ainda que ninguém no gabinete lhe dê atenção, era dever dele investigar a insatisfação da base do prefeito e tentar a solução possível.

Não inventando reuniões entre prefeito e vereadores sem que ambas as partes soubessem quais benefícios teriam em tais encontros. Por isso se evitaram.

É inescapável, por fim, ignorar a omissão dos aliados na Câmara Municipal – que gozam de muitos benefícios na gestão-, e ficaram atados sem alertar Luiz de Deus do risco iminente de sofrer uma CPI e do próprio governo, que em vez de se antecipar ao problema tirando empecilhos como Val do caminho e assumindo ele próprio a articulação política, deixa para tomar decisões de retaguarda quando já está exposto.

Marconi Daniel (Podemos) começou a soprar a CPI no final de maio, algum tempo depois, toda a bancada de oposição estava unida no projeto. Enquanto isso o governo dormindo.

Acordou com a bomba no colo.

Como bem lembrou Bero do Jardim Bahia (PSB), a população está atenta ao movimento da Mesa Diretora e vai cobrar imparcialidade.

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