PAULO AFONSO – A despeito de todo esforço que será feito para apequenar a aliança entre os ex-antagonistas Anilton Bastos (Podemos) e o deputado federal Mário Júnior (PP), a bom juízo não se pode ignorar: força Luiz de Deus (PSD) a sair da zona de conforto e se armar para combatê-los. O fator Negromonte, como é sabido, move o coração de Luiz.
Se já foi amargo demais há quatro anos, com Paulo de Deus longe de casa havia mais de uma década, agora a coisa tende a ser bem pior.
“Sei que Anilton toma posições difíceis na vida dele, praticamente ele foi lançado aqui, ele não falou para mim ainda que seria candidato, mas aqui foi lançado por Flávio Henrique [vice-prefeito] e pela esposa, e é um nome que milita onde nós estamos, portanto, estamos, nós progressistas muito à vontade”, analisou Mário Júnior.
Não resta dúvidas que os progressistas são oposição, o senhor é, mas não se pode generalizar diante das últimas decisões tomadas por Pedro Macário, presidente da Câmara e Cícero Bezerra, exatamente por não seguir questões da oposição e muito menos a sua orientação.
Eu confesso que não conversei ainda. Bero [Jardim Aeroporto] participou da coordenação do nosso encontro e nos acompanha nas nossas decisões, agora, Macário e Cícero, membros do nosso partido eu ainda não conversei com eles. Minha posição é clara, não comungo com as iniciativas do governo municipal, eu sou filho de Paulo Afonso, sou deputado e tenho direito de me manifestar quando eu não quero uma coisa. Eu não fui unanimidade no partido. Mas eu não vou ter a mesma postura de outros políticos de Paulo Afonso que agem com raiva, com chicote, não farei isso. Do outro lado tem pai de família e amigos de muito tempo. Na hora certa nós vamos conversar. Vamos colocar tudo na mesa e tomar a decisão, o PP está crescendo e é o maior partido dessa região. Veja pelo número de prefeitos: Glória, Jeremoabo, Rodelas e Chorrochó, entre tantas lideranças, nós buscamos o protagonismo. Meu pai [ex-deputado federal Mário Negromonte] dizia isso e eu repito: nosso partido não tem ferrolho, as pessoas que querem entrar tratamos com carinho, respeito e admiração, se alguém não estiver satisfeito com o partido, ou posição, tem direito de fazer. Mas não vai dizer que está sendo maltratado, aqui é com respeito, aqui a gente trata como membros da nossa família, e todos sabem aqui que eu nunca abrir mão dos meus, nunca deixei eles na rua da amargura, pelo contrário. Se alguém não se sentir feliz no PP eu digo assim: obrigado por tudo que fizeram aqui, mas se quiserem ficar, o partido é do povo de Paulo Afonso.
