PAULO AFONSO– Antes mesmo de chegar ao povoado Juá- área rural- a boa fama de excelente anfitrião do presidente da Câmara, Zé de Abel (PSD), corria aos quatro cantos.
Todos já sabiam que, após o falatório, uma fartura de carnes – especialmente o famoso bodinho – estavam à espera dos convivas. Sem distinção, porque, como se diz por aí, Zé de Abel é barriga cheia.
“Um grupo político que perde o apoio de um homem desse só pode estar doido”, comentou um vereador, referindo-se ao grupo do prefeito em exercício Marcondes Francisco (Progressistas), ao ver o tanto de lideranças que se formou à mesa de Zé, após a apresentação do PGP.
Sem exagero, mais da metade da Câmara estava ali. Contudo, é preciso dizer que a permanência de Zé no grupo, após a saída de Luiz de Deus, trouxe muitos problemas. Durante o PGP Zé de Abel foi cobrado pelas emendas impositivas que ele havia destinado ao povoado.
“É assim mesmo, sempre eu tenho um desafio para superar. Tem essas cobranças do pessoal da área rural e hoje vocês viram aqui que não é fácil não, mas a gente pede paciência ao povo que nós vamos resolver”, disse o político sem perder a alegria.
Com mais de 30 anos acompanhando políticos e agora com mandato e, acima de tudo, presidente da Câmara, Zé mostrou que mesquinharia não é com ele, não apenas em relação à comida. Com a presença do prefeiturável Mário Galinho (PSD) no Juá, Zé foi apenas anfitrião. Não falou em nenhum momento, recepcionou os colegas e depois das conversas foi servir junto com os seus colaboradores.
Tinha de tudo. Muito e para todos.
“Rapaz, Zé de Abel é um cara fora de sério. Simples, recebeu a gente dessa forma e nunca exigiu nada, ele só tem colaborado com o nosso projeto”, confidenciou o coordenador geral da pré-campanha de Mário Galinho, Ercinho.