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Paulo Afonso-BA, 26 de abril de 2024

A trinca que pode implodir o sistema oligárquico

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a trinca

PAULO AFONSO – Há uma corrente de formadores de opinião fortíssima na cidade que não engole a visível separação entre os ex-prefeitos Anilton Bastos (Podemos) e o dono da cadeira mais poderosa de Paulo Afonso, como diria o vereador Mário Galinho (SD), “do poder absoluto”, Luiz de Deus (PSD).

Para eles, acontece hoje o que já se relevou outrora. Que rompimento foi esse entre Luiz e Paulo que, mal ganhara a campanha, gente de Paulo já estava na prefeitura?;  e quem garante que, com Anilton não será a mesma coisa?, dizem os desconfiados.

Uma coisa é certa, ambos os políticos, Luiz e Anilton [Paulo também], só veem um e o outro como adversários, ignorando que o tempo passou e o desgaste do que eles representam é enorme.

A trinca sugerida pelo Painel, só tem de novo o vereador Mário Galinho, os demais, o ex-prefeito Raimundo Caires (PRB) e o deputado federal Mário Júnior (PP), representam, guardadas algumas particularidades, a mesma política, por assim dizer, dos demais.

Contudo, convém dizer: Mário é novo na idade, mas peca em envelhecer no método.

O problema está nos entretantos. Galinho, dessa trinca, tem chances de chegar à prefeitura, mas elas arrefecem justamente quando se confronta seu método, por exemplo: o vereador é oposição só a  Anilton, ou também é a Luiz de Deus?; e se o é, porque faz vista grossa quando o assunto é Guiarone, passando-se muitas vezes como o advogado do diabo?

Convém o que a vida ensina: não adianta apenas acenar com os erros dos outros e fazer o mesmo apenas trocando o sinal.

Ou Galinho assume sua posição de forma CLARA de opositor ao que está errado, e não à pessoas, ou se perderá, o que será uma lástima para a política local que ganhou com sua ascensão um jeito novo, ousado e dinâmico.

O fator Caires

O primeiro cavaleiro da trinca, o ex-prefeito Raimundo Caires não pode ser eternamente sacrificado por erros cometidos no passado, como se fosse desconhecida sua capacidade empresarial, seu governo voltado para às camadas mais pobres, Raimundo cometeu equívocos sérios na gestão, principalmente porque quando fez alianças para chegar ao poder cercou-se de mercenários.

Reside nesse novo rearranjo com essas mesmas caras o desânimo do seu eleitor. Raimundo ainda se mantém distante de camadas significativas da população que chegou agora. Eles ouvem falar, mas sabem pouco do que Caires tentou fazer em Paulo Afonso. E foi malsucedido.

O PP é sempre importante

Apesar de passar por problemas orgânicos – com parte dos seus caciques mais importantes, como se fossem pessoas estranhas para o partido e entre si-, não se pode menosprezar a força eleitoral dos Progressistas.

Nem o governo e muitos menos quem vai lutar na oposição. Não é à toa que tanto Galinho, como  Caires não ousam atacar o PP.

Por seu turno, o partido que sabe farejar como ninguém o terreno onde fazer boa colheita, hoje está mais para Anilton, nome realmente a ser batido, do que os demais. A grande questão aqui, é que o PP também é especialista na fabricação de cavalo de Troia [Caires que o diga], quem se cercar dele, tenha cuidado com o pacote.

A oligarquia sobrevive a despeito de tudo

Por tudo isso que foi dito, e mais algumas coisas, é que se torna muito complicada uma mudança radical no sistema político de Paulo Afonso.

Todos os políticos reconhecem que se a prefeitura conseguir se organizar melhor, dificilmente o ciclo será quebrado nos próximos cinco anos.

O rei pode até estar baqueado, mas não está morto.

 

 

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