PAULO AFONSO – De fato o mar não está para peixe no Partido Progressista no que diz respeito à fidelidade. Acostumado a trair, o PP agora experimenta do seu veneno.
Em duas ocasiões, seu líder máximo, o deputado federal Mário Júnior, passou vexame ao se posicionar contrário ao empréstimo de 80 milhões de reais, que serão tomados pela prefeitura de Paulo Afonso à Caixa Econômica Federal, em cujos trâmites caminham para o fim, e dois, dos três vereadores da legenda deram de ombros ao pedido do deputado deixando-o no vácuo.
Bero do Jardim Aeroporto, diga-se, é o único que se mantém alinhado. Contudo, entre um cafezinho e um pãozinho ofertado ao ex-prefeito Paulo de Deus que veio assumir a articulação política de Luiz de Deus (PSD), e de resto, toda gestão, já não se pode garantir tal comportamento.
Questionado ontem, durante entrevista à Angiquinho, sobre parlamentares da oposição, Paulo deixou escapar que estivera [mais cedo, antes da entrevista] com o amigo do PP, e que lhe tinha grande estima.
Lembre-se que o projeto que pede alterações na lei que aprovou o empréstimo ainda não foi apreciado na Câmara, justamente pela ausência da vereador Irmã Leda (PDT) que está de licença médica.
É questão de estratégia, mas também de honra, não deixar o prefeito Luiz de Deus tão à mercê dessas circunstâncias, fosse posto em votação, mesmo com o discurso anêmico de Mário Galinho (SD), era certo que perderia.
Os próximos dias vão responder se ficou alguém com mandato no PP.