PAULO AFONSO – Sem querer esticar muito a corda, o preito Luiz de Deus (PSD), marcou para amanhã, às 9h, na prefeitura, a reunião com vereadores de sua base – e os simpatizantes-, não estranhem se por lá aparecer também gente do Partido Progressista.
De acordo com os interlocutores do ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos), após essa reunião vai ser possível medir se ele terá musculatura suficiente para enfrentar Luiz de Deus, nas eleições do próximo ano, ou se será obrigado a recuar. A segunda opção é, para eles, um golpe fatal.
“Nós já avisamos a Anilton que se ele não desembarcar, nós caímos fora dele e vamos procurar outro caminho”, disse o interlocutor, ao Painel, acrescentando que: “nós sabemos que ele quer abrir mais ainda temos que ver essa questão dos cargos que pertencem ao governo do estado, ele está realmente emparedado.”
Em tempo: a um ano da campanha, nenhum vereador vai dizer “não” a Luiz de Deus, é fato. É inescapável concluir o seguinte: ninguém pode almejar derrotar alguém se utilizando do que está nas mãos do adversário, em outras palavras: o aparelho municipal não servirá ao propósito de outro candidato, exceto Luiz de Deus.
E nenhuma pessoa é tão estúpida ao ponto de achar que vai acontecer nas eleições municipais o mesmo que se deu no pleito do ano passado. Em que vereadores juravam amor pelo então candidato José Carlos Aleluia (DEM) e, no escuro, pediam votos para João Bacelar (PL).
As eleições municipais, como é sabido, têm outra configuração obrigando os adversários a se confrontarem, é quase uma guerra com dia e hora para acabar.
Se Anilton não se livrar imediatamente dessa dependência da teta municipal, pode enxugar as lágrimas e abraçar o grupo.
Uma coisa é certa, caso Anilton recue, certos setores da imprensa vão estourar rojões por toda a cidade.
