PAULO AFONSO – Há pouco, Fábio Salvador – que narra o enfadonho desfile cívico pelos 61 anos de emancipação política -, avisou ao público que o vice-prefeito Flávio Henrique está entre as autoridades presentes.
Fábio poderia dizer, se quisesse, que está ali o único da ala aniltista que não é demissível. Flávio fica no governo até o fim. Porém, sua substituição na futura chapa encabeçada pelo prefeito Luiz de Deus (PSD) é cantarolada aos quatro ventos, porque na prefeitura coexistem duas gestões: a de Luiz e a que restou do ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos). Ambas trabalhando para seus interesses.
A do ex-prefeito cada vez mais isolada. Sem poder e sem prestígio; e a de Luiz, cooptando o que pode no aparelho municipal, planejando a reeleição dele.
“Anilton só está se segurando porque sabe que serão postos na rua metade da prefeitura, caso ele anuncie sua pré-candidatura, a começar pela mulher, Ana Clara e pelo irmão Wilson, secretários da Sedes e Obras, respectivamente” disse ao Painel, um interlocutor de Anilton Bastos, e acrescentou: “O homem é candidatíssimo.”
O trunfo de Luiz de Deus
Emissários de Luiz, contudo, afirmam para quem quiser ouvir, que o prefeito não “teme” a pré-candidatura de Anilton. “As pessoas se iludem, se Luiz quisesse estariam todos na rua. Ele só está observando o movimento do ex-prefeito e com um ás na mão.”
Ainda de acordo com os emissários dos corredores da prefeitura, a decisão do juiz Cláudio Pantoja, mês passado [que levou Anilton a conceder uma entrevista revoltado à RBN, inclusive cobrando da Câmara que explicasse o comportamento “diferente” em relação às contas de Luiz, com mais ressalvas que as dele] revalidando a decisão da Câmara Municipal que desaprovou as contas de Anilton referentes a 2016, trazendo-lhes graves problemas políticos, foi comemorada discretamente.
Fotos: reprodução do Facebook.
