Faz muito tempo que os vereadores de Paulo Afonso fizeram uso da tribuna, no Grande Expediente. Diferente do que acontece em Glória, a dez quilômetros de distância, em que uma coisa não se mistura a outra.
Por lá, não importa o que venha durante as sessões da Casa, o rito ordinário é cumprido. Em Paulo Afonso, vez por outra, os parlamentares aproveitam a legislação capenga, e até se utilizam de convidados para escamotear problemas e evitar críticas à gestão do prefeito de turno.
Há uma grande preguiça em modernizar o Regimento Interno para evitar constrangimentos e, vale dizer: essa liquidação de Título de Cidadão sem que os critérios sejam muito claros.
Há pessoas que mal pisaram no município e já o receberam. Geralmente autoridades em cujos vereadores veem neles excelente oportunidade de bajulice.
É preciso melhorar a redação do Regimento garantindo o direito ao pronunciamento- para quem quiser- independente da pauta em questão/ou convidado.
Se um cidadão quiser fazer um pronunciamento na Câmara, enfrenta grande burocracia, e convenhamos, qual a razão de existir um Parlamento, se não for garantir a interlocução da comunidade junto ao Executivo?
O povo vai e sai frustrado
Na última semana, pessoas que pisaram o pé pela primeira vez na Câmara, se disseram assombradas com a falta de preparo de parte dos políticos; com a leitura trôpega das atas, e até, pasmem, com a concordância verbal, que sofre um assassinato em massa por semana.
“Realmente a culpa é nossa que não nos empenhamos e nem levamos a sério a política; escolhemos essas pessoas absolutamente despreparadas”, disse uma leitora do Painel, em condição de anonimato.