A notícia a seguir é desumana. Uma mãe, Jane Neves, teve a vida ceifada pelo filho, Rafael Patrício Barbosa de 22 anos, na tarde desta terça-feira, 14 de maio, no bairro Barroca. Alguns anos depois de lutar muito para salvá-lo.
Jane foi uma mãe que viveu o martírio enquanto cumpriu sua jornada aqui nesse plano. Morreu cuidando, zelando, orando, pedindo a Deus uma alternativa para resgatar do voraz mundo das drogas o primogênito [que também sofria de doenças psíquicas] o rapaz acabou por interromper três anos sem feminicídio em Paulo Afonso.
Jane deixa amigos, os cuidados do programa Arte e Vida, que mantinha no bairro Barroca, os colegas de trabalho e a vereadora Irmã Leda, a quem tinha amor de filha e de mãe. Mas que isso Jane deixa 5 filhos. Muita dor e tristeza.
A sociedade perde uma pessoa que foi à clínicas, médicos, fez tudo; tudo o que uma mãe pode fazer para ver seu filho curado. Infelizmente.
Que Deus a receba no reino de sua glória e conforte os que vão permanecer no sofrimento. Que seu sacrifício até o fim, ajude outras mães a curar suas famílias desse mal terrível que é a droga.
Jane com os colegas de trabalho, em comemoração pelo dia das mães. Ela ganhou a gincana porque era a mamãe com mais filhos. Foto Niedja Torquato.
Só uma palavra define isso: tragédia.
Foto de Capa: leitor do Painel.
3 comentários
Onde existe feminicídio nesse assassinato?
Feminicídio é o assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher. Suas motivações mais usuais são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres, comuns em sociedades marcadas pela associação de papéis discriminatórios ao feminino, como é o caso brasileiro.
Um crime cometido no ambiente doméstico, explicou a delegada, é feminicídio também; assim como esses elencados por vc, Paula.