PAULO AFONSO- Com o anúncio de que o município passará aperto nos próximos dias, e que horas extras serão cortadas, além de outras medidas com a finalidade de diminuir o saco sem fundo dos gastos públicos na gestão de Luiz de Deus (PSD), o vereador Mário Galinho (SD) disse o óbvio: se o prefeito não demitir, fizer cortes em salários [mais especialmente no dele e o do genro] e priorizar o essencial, a gestão levará a todos para as calendas. Porque na barafunda já estamos.
Hoje, conversando com um ex-funcionário da prefeitura, ele pôs as mãos na cabeça quando soube o tamanho da frota do município: 260 carros.
A bancada governista reage a Galinho
Foi muito interessante ver que alguns vereadores são contrários à diminuição da frota de carros – medida urgente da prefeitura – alegando que, “serei contrário a que se tire carros da saúde”, até parece que na plateia temos criancinhas do jardim de infância. Por acaso essa frota espetacular trabalha unicamente para a saúde? Ou para a educação?
“O que se precisa observar são os contratos desses veículos, compreende?”, disse o ex-funcionário.
Vamos ao discurso de Galinho que causou formigueiro na bancada de situação:
“Corte a metade dessas secretarias que o povo de Paulo Afonso sabe que muitos não fazem nada pelo o que estão ganhando; vamos diminuir essa carga; vamos cortar a carne porque eu não posso admitir que venha ser o povo a pagar sozinho a conta”, sugeriu o parlamentar.
Galinho passara a noite na porta da Secretaria de Saúde e disse que é simplesmente revoltante a situação das pessoas que precisam fazer o tratamento em Salvador:
“Tinha mais de vinte pessoas esperando para pegar uma ficha. Isso é absurdo!, é desumano! Aí é esse povo que será penalizado? A pousada R$ 1,5 milhão [um milhão e meio de reais], os ônibus R$ 1,4 milhão [um milhão e quatrocentos mil reais], e o Ministério Público já detectou as falhas.”
Como os vereadores da bancada governista não tinham como contradizer o colega, iniciaram uma patética distorção da sua fala dizendo que Galinho quer tirar a pousada de Salvador – que hospeda os pacientes que fazem o tratamento fora de domicílio – e os carros da saúde.
O vereador ainda questionou uma possível assinatura de convênio com a clínica especializada no tratamento oncológico, que é uma necessidade, como ficou registrado há alguns dias, de quem faz o tratamento em Salvador, pelas razões óbvias. Até agora o município não confirmou se fará.
2 comentários
Precisa ver os contratos da educação em transporte…
Uma vergonha essa cidade, onde existem vários parentes socados dentro da prefeitura, em vários setores, só mamando o nosso dinheiro.