Com muitas imprecisões no ar, pois se esperava que a esta altura o prefeito Luiz de Deus (PSD), desse cabo nos cargos sob influência do ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos) e colocasse a prefeitura totalmente sob sua condição. Não é isto que o quadro mostra.
Resistiram à reforma administrativa, assim apelidaram, os secretários Ana Clara, Wilson Pereira, Júnior Bezota e Jânio Soares: Sedes, Obras, Administração e Cultura e Esportes respectivamente.
Aqui, evidentemente, não se trata da qualificação e capacidade dos secretários, pois Ana Clara, por exemplo, não teria motivo nenhum para figurar na lista, dada a sua notória competência. A questão que se coloca é porque esses nomes estão ligados mais a Anilton do que ao prefeito. E, se é verdade que há um racha profundo entre ambos, o que explica a permanência desses secretários na prefeitura?
Todos dizem que Luiz de Deus é extremamente prudente, “vai que o cenário ano que vem não favorece a nenhum deles?, aí é melhor brigar junto do que chorar separados, sem poder”, avaliam os interlocutores do prefeito.
A confusão em torno do mandato do vereador Zezinho do INSS, requerido pelo Podemos, mostra que não há mais diálogo entre Luiz e Anilton, pois quem manda lá é o ex-prefeito, e do outro lado, protegendo e dando apoio a Zezinho está Luiz de Deus.
Houvesse qualquer entendimento entre eles, Zezinho não precisaria de advogados para resolver o imbróglio. Lembrando que, quando teve as contas reprovadas pela Câmara Municipal, Anilton esbravejou, disse que estava sofrendo perseguição política, mas da boca de Luiz de Deus, até hoje não saíram quaisquer declarações. Nem disso nem daquilo.
Ainda não se pode afirmar que haverá disputada para a prefeitura, com Anilton e Luiz separados, a briga, porém, já começou. Zezinho, coitado, só pode torcer pra um lado.
Foto: Painel e site Manoel Alves.
