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Paulo Afonso-BA, 30 de abril de 2024

Após sepultamento da CPI, oposição vai tentar ouvir envolvidos na compra de respiradores com suspeita de fraude

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oposição

PAULO AFONSO – Nesse momento a oposição tenta pelo menos angariar mais um voto para que a tentativa de instalar uma CPI na Câmara Municipal seja pelo menos lida. Como somam 4 votos, para ir a plenário precisa de mais 1.

A CPI, tem objetivo de investigar o que aconteceu na pasta da Saúde no ano passado, quando a gestão de Luiz de Deus (PSD), estruturou o município para combater a crise causada pela pandemia do coronavírus. De acordo com denúncias feitas ao Ministério Público Federal, houve fraude na aquisição de respiradores.

A oposição diz que tem o voto necessário para que seja lida a tentativa de investigação no plenário e que essa fatura deve ser logo liquidada.

Acuada pelas investigações do Ministério Público Federal, a prefeitura instaurou duas sindicâncias, cuja apuração constatou irregularidades – que não foram ainda esclarecidas-, e resultou no afastamento de uma funcionária do setor financeiro da Secretaria de Saúde, inicialmente por dois meses, e sem saber qual destinar dar a mesma, o governo postergou por mais dois. “Vai postergar até o fim do mandato do prefeito”, dizem os críticos.

O fato é que o ex-secretário de Saúde, Ghiarone Garibaldi, disse em entrevista à Angiquinho FM, há cerca de dois meses, que vai à Câmara se for chamado. E reconheceu que ele tinha pouca participação na decisão do que teria que comprar para aparato que se montava à época nos hospitais Nair Alves de Souza, Municipal e UPA. “Eram decisões colegiadas”, revelou.

Ghiarone afirmou também que sua demissão foi causada por “perseguição política.”

Em outras palavras, Ghiarone explicitou que, quando colocou obstáculos em licitações determinadas para a contratação de empresas “sem que houvesse necessidade”, teve a cabeça pedida por aliados do governo.

E exemplificou: o ex-secretário foi taxativo ao afirmar que o município dispunha de pessoal e material para desinfectar as ruas [e lojas] da cidade, e mesmo assim, contratou à sua revelia, uma empresa para que se fizesse o serviço.

Ficou inequívoco que os ocupantes das pastas, não somente o secretário de Saúde, cumpre ordens de outrem. Então força-se a pergunta: como numa situação em que nem mesmo o secretário determina o que deve ou não ser comprado na pasta que comanda, uma funcionária que atende a ele, pode ser a única responsável por possível fraude na compra de respiradores?

É escandalosamente gritante que a funcionária está na condição de boi de piranha. Isto a CPI teria condições de explicitar mais, como se diz de fazer o desenho.

 

 

 

 

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