PAULO AFONSO – Em seis anos cobrindo a Câmara Municipal, quando ainda não tínhamos represente feminina, até os dias que correm, é impressionante um dado: a violência doméstica e familiar, que em Paulo Afonso supera os índices mais abjetos de cidades com população superior passou [e deve continuar passando] incólume.
Nesse período em que os números ficaram robustos em decorrência de ações midiáticas, preventivas e de combate da violência contra a mulher, não houve qualquer iniciativa do Legislativo neste sentido.
A Câmara é tão tacanha quando se trata de evidenciar o assunto que seus parlamentares não tiveram coragem de fazer uma doação simbólica de uma impressora – sugerida por mim à Deam-, à época com apenas uma.
Se uma delegada especializada no assunto está no Parlamento como a foto acima evidência, não está para no tema.
Isto se explica: não há entre os parlamentares, quatorze homens, afinidade com o tema, e a única representante feminina, faz questão de não sê-lo.
Invariavelmente são ignoradas pela Casa questões de gênero. O pensamento do Legislativo é machista, sexista e excludente no que tange à mulher. E assim está ótimo para eles. Infelizmente as mulheres [maioria do eleitorado] não se dá conta que precisa ela também mudar de atitude e acabar com essa estupidez de não votar em mulher.
Ou a eleitora muda, ou continuará sendo ignorada naquilo que lhe é mais caro: o direito de ser mulher, e livre.