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Paulo Afonso-BA, 2 de maio de 2024

 Depois de marchar contra Embasa, Jean Roubert se rende ao “coronel” que tanto criticou e vota “sim”

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PAULO AFONSO – Pois é, não completamos ainda dois anos da fatídica marcha contra a Embasa – e me explico [depois daquele episódio, Antônio Alexandre teve complicações no seu quadro de saúde, e faleceu em dezembro de 2017] foi um grande abalo, não somente para sua família, como para o povo que se sabia órfão, a partir daquele instante, de alguém que lutasse com a mesma garra contra as arbitrariedades cometidas pela concessionária de água.

Jean Roubert volta depois de cumprimentar Jota Matos.

Não foi um presságio. Era pressentimento. E hoje foi verificado na prática. Um dos vereadores que estava ao seu lado, naquele dia, e que depois irrompeu contra o grupo de Luiz de Deus (PSD), acusando-os da prática de coronelismo e de falta de visão,  curvou-se à sua vontade e encampou a renovação do convênio da Embasa, contra tudo aquilo que havia pregado, no passado recente.

Constrangido, Jean não sorria. Em alguns momentos olhava para baixo. Para os lados. Foi vaiado. E depois procurou aconchego no grupo de situação, e cumprimentou o diretor de programação da RBN, Jota Matos, que no fim do ano passado afirmou ser preciso investigar empresas ligadas aos parentes do parlamentar, que segundo apontavam investigações conduzidas pela própria prefeitura, “tinham suspeitas de laranjas e endereços fantasmas”.

Jean deu a mão e quem havia chamado de “asno”. Atos incompreensíveis para um mandato cheio de idas e voltas. De decisões contraditórias. De posturas que não se sustentam em pé, que causam vergonha alheia.

A questão, diga-se, não é a Embasa. A empresa operará dentro da lei, e se o fizer diferente, a Justiça corrigirá. O problema é que a vida de um homem público, deve ser pautada pela coerência. Quando, afinal, na opinião do nobre, a Embasa mudou a ponto de merecer uma defesa tão incisiva, que atropela o rito regimental, e vá lá, a vontade do povo que queria mais tempo, que precisava de mais negociação para não arcar com o peso de milhões de reais que serão levados de Paulo Afonso, sem que haja, como todos sabem, a contrapartida justa.

A votação

O placar  terminou assim: 9×5. Bero do Jardim Aeroporto (PP), Moreirão (PSD), Zezinho do ISNN (sem-partido), José Carlos Coelho (PRB) e Mário Galinho (SD), votaram contra; a favor foram: Irmã Leda (PDT), Bero do Jardim Bahia (PT), Marconi Daniel (PSH), Leco (PHS), Zé de Abel  (Podemos), Marcondes Francisco (PSD), Cícero Bezerra (PP) e Jean Roubert (PTB).

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