PAULO AFONSO – Dona Inocência mal tinha saído da plenária, com seu título de cidadã pauloafonsina com mais de um século de vida, precisos 113 anos, e começaram as negociações para reverter o dano do áudio vazado que, fosse como fosse, já tinha melado as cédulas dos 80 milhões de reais, com a suspeição da tal “capitalização eleitoreira”, para ficar nas palavras de Luiz Humberto.
Por exemplo: Cícero Bezerra (PP) estava indeciso. Eis que entrou em campo a experiência de Marcondes Francisco (PSD), líder da bancada de situação, hoje minoritária, que atravessa três décadas e contornou o que seria um vexame sem precedentes para o prefeito Luiz de Deus (PSD).
Dado que, quando anunciou o empréstimo que pretendia fazer junto à Caixa Econômica Federal, o prefeito tinha os 12 votos na mão, se for considerado que, àqueles que participaram da reunião no dia 06, saíram convencidos a aprovar.
Francisco entrou em campo, foi demagogo, estridente e, vendo que estava se dando bem, ainda aconselhou os colegas, “se eu estou há trinta anos aqui é porque nunca me posicionei contra o povo”, disse para a incredulidade geral.
O resultado é que, pelas vias tortas dos progressistas e com o traquejo de Francisco, Luiz de Deus salvou, por ora, seu projeto de permanecer no poder.