PAULO AFONSO – A semana termina com muitas incertezas acerca das intensões do prefeito Luiz de Deus (PSD) em endividar a prefeitura com empréstimo de 60 milhões de reais que pretende fazer, com aprovação da Câmara Municipal, à Caixa Econômica Federal, segundo assessoria de comunicação, “Com a verba, a gestão poderá tocar diversos projetos ao mesmo tempo, aquecendo a venda no comércio e o mais importante: gerando emprego e renda para a população.”
A nota não vai aos escaninhos necessários, por exemplo: de quanto será o juro?, quais áreas do orçamento serão comprometidas para honrar a dívida?
Espera-se que a Câmara faça o dever de casa e escrutine a pauta, mas a julgar pelo comportamento fanfarreiro de parlamentares na reunião com Luiz de Deus, na última terça-feira 06, é sonhar demais. Com a exceção de um ou dois, o projeto passará sem qualquer percalço, até porque a conta fica para o contribuinte.
Contudo, havemos de transparecer a preocupação que perpassa nos pré-candidatos à sucessão de Luiz e também deve-se lembrar que, os ex-prefeitos Raimundo Caires [sem partido] e Anilton Bastos do Podemos, enfrentaram queda na receita e nenhum se eventurou por essa via apresentada pelo atual gestor. Dito de outra forma: nenhum ex-prefeito de Paulo Afonso quis comprometer gestões futuras com decisões de empréstimos a perder de vista, cujos resultados são absolutamente imprecisos.
Na condição de anonimato, um ex-prefeito comentou ao Painel: “Vai endividar em muito a prefeitura de Paulo Afonso e prejudicar as gestões futuras.”
Ainda de acordo com funcionários da prefeitura, negado veementemente em nota pela assessoria de comunicação, a gestão tem dívidas, cerca de 20 milhões de reais para serem quitados até o fim, e que a recuperação da receita, ocorrida há cerca de um mês não resolveu o problema.”