PAULO AFONSO – O prefeito Luiz de Deus (PSD) estava perdido. Uma das provas do desmantelo está sendo apurada agora pelo Ministério Público Federal que investiga a gestão desastrosa do ex-secretário da Saúde, Ghiarone.
Mas aí se tinha apenas a ponta do iceberg.
Na virada de 2019/2020, o prefeito sofria uma rejeição pareada a do candidato e antecessor Anilton Bastos (Podemos), o desgaste vinha de três gestões consecutivas sem inovação, agravada pela falta de uma equipe que soubesse vender o que o governo fazia de bom.
A coisa só foi resolvida quando entrou em campo a equipe liderada por Clecinho Inovare, marqueteiro da campanha de Luiz de Deus.
Porém, após a vitória quase impossível dado o que todos sabem, Luiz de Deus não entendeu que precisou de toda essa articulação para ganhar, entende, ele e a família, que tudo é mérito de sua gestão, e mais: de sua pessoa.
Agora em conversa aberta com oposição, essas peças-chaves da campanha estão de malas prontas para o desembarque. Só que não vão sozinhas.
A matemática aponta que a base independente terá em média 7 a 8 vereadores, o que faria nascer grande. E com poder de decisão na câmara.
Fora isso, a linha de raciocinío do grupo seria a renovação prometida por Luiz na campanha, e que não foi cumprida até hoje. Para quem acha que 2021 não terá grandes fatos políticos, está muito enganado. Porque a eleição de 2022 já começou no passo e tudo leva a crer que o governo será esmagado.
Na sessão da Câmara desta segunda 19, os vereadores da base estão calados, à espera do arremate final. Nos bastidores a negociação está avançada.
“O limite chegou”.
