PAULO AFONSO – Nino Rangel, secretário do Comércio, levou uma tremenda pressão há pouco em frente ao auditório do Edson Teixeira, onde médicos e aquele secretário – que gosta de ensacar fumaça – estavam reunidos com vereadores.
Ninguém entendeu porque os comerciantes ficaram de fora se são eles os mais atingidos pelas novas e urgentes medidas restritivas que o governo do estado adiantou que irá tomar.
Sumido desde o fim das eleições, o ex-vereador Mário Galinho (PSDB) apareceu e engrossa o time dos comerciantes.
Após iniciarem o protesto no Luís Eduardo, em carreata, os comerciantes foram à procura de Nino Rangel.
O diálogo abaixo foi transmitido pela Rádio Delmiro FM:
“O preço está sendo pago pelo comércio, a gente sabe disso, mas eles [os médicos] estão tendo que escolher quem vai viver e quem vai morrer”, disse Nino, na frente do Edson Teixeria, sendo interrompido por um comerciante.
“Ninguém está insensível a isso!, agora como é que você vai fazer um cálculo de 14 leitos de UTI para uma região de 300 mil habitantes?, a matemática está inversa! Todo mundo sabe da guerra que o pessoal da Saúde está enfrentando!, mas mais uma vez, depois de 12 meses o comércio?, quantos meses a gente vem contribuíndo, faltando 5 dias para fechar o mês e a gente aqui, com a folha para pagar?, é sobre esse desiquilíbrio que a gente não está conseguindo entender!, cara a gente não consegue fazer essa matemática que vocês fazem, nesses 120 mil habitantes quem aglomera chega a 10%?, e por que a prefeitura não fiscaliza essa parte que descumpre os decretos?, cara é estratégia que deve ser montada, me desculpe se estou exaltado, mas não tem mais cabimento de o comércio pagar o pato!”
Ainda não houve desfecho para a querela.
Painel com reportagem exclusiva: Tiago Santos/Rádio Delmiro.