PAULO AFONSO- O enredo até certo ponto, à primeira olhada, parece comum: pré-candidata a vereadora pelo Solidariedade, Jaciede Rodrigues conclui em Brasília, na outra semana, a formação iniciada em São Paulo, da 3ª edição do Lidera+, inciativa do partido para fortalecer lideranças políticas femininas.
Até aí tudo vai como estamos acostumados, mas o que particulariza o fato é que, atenção: pela primeira vez na recente história da política local, uma jovem do BTN foi convida para ir ao centro do poder conhecer as ferramentas com as quais, ela já valorizada, transitará entre os diferentes setores da sociedade com o seu nome à disposição da Câmara.
“Minha bagagem chegou cheia, tanto de conhecimento, como de experiências motivacionais – que a gente sai melhor preparada e com uma base sólida-, principalmente para quem vai enfrentar o pleito pela primeira vez”, analisa ela.
Foi uma preparação, inclusive, para combater obstáculos em relação à violência de gênero, continua Jaci: “às vezes o homem tem que validar aquilo que a gente fala e superar obstáculos por acharmos que a política não é o nosso lugar.”
A formação para iniciantes e políticas testadas
“A grande maioria estava ali pela primeira vez e era voltada para vereadoras, vindas de várias cidades do país. Essa troca que a gente chama de ‘network’ é muito importante, pois permite compartilhar experiências entre nós mulheres e isso nos fortalece.”
A diferente geração de Jaciede
É preciso registrar que Jaciede está inserida num grupo geracional que aborda a política com outro olhar. Ela precisa ser inclusiva, diversa, flexível e mais: conectada aos valores que ela – e por conseguinte sua geração – defende. Nisso é apropriado afirmar que o Solidariedade é privilegiado.
Na conversa com a pré-candidata, também ouvimos Luiz Neto, presidente local do Solidariedade e a sua preocupação com o pleito:
“A nossa preocupação, sobretudo nessa eleição foi buscar uma renovação. Porque se fala em renovação na prefeitura, mas ela precisa ser abrangente e alcançar o Legislativo. Então Jaci está com a gente desde 2020, mas aconteceu com todos os nossos pré-candidatos, procuramos buscar àqueles que representassem setores diversos da sociedade: do comércio, do esporte, da música, da cultura etc., para que promovamos essa renovação na Câmara. Tudo isso vivido por Jaci [em Brasília] irá se espalhar aos demais pré-candidatos porque queremos dar essa profissionalização a eles. A parte técnica e operacional ficará a cargo do partido que dará suporte jurídico, midiático e contábil- e, acredite é um problema, a gente trabalha com verba pública e tudo precisa de muita atenção”, pondera Neto.
Voltando à formação de Jaci, o estudo durou 1 ano. “A gente fica com cabeça fervendo. Eu quero passar isso para o eleitor, que estou me preparando, que quero ser a representante deles e não será de qualquer forma.”
O entendimento do eleitor
Jaciede diz que o eleitor é crítico. “O eleitor está bem atualizado e rejeitando tipos testados que não correspondem aos anseios da comunidade. Estou escrevendo as novas ações para colocar em prática o que a gente aprendeu.”
“Se tiver que dar certo que seja do jeito certo”, conclui Jaci. “Com diálogo e muito trabalho, estou esperançosa que teremos essa resposta positiva.’
“Falta gente que represente os eleitores e a prova é o mandato de Evinha, veja como ela surgiu e tamanho que tem hoje”, resume Neto.
3 comentários
Boa tarde,
Jaciede é totalmente qualificada e preparada para representar nosso BTN, só basta a população abraçar essa mudança.
É isso aí, precisamos de mais mulheres na política sim. Mas, com a mente visionária em todos os campos e principalmente na discrimilidade raciais de todos os gêneros.
Precisamos muito mesmo. E principalmente mulheres sem nenhuma discriminação racial de todos os tipos.