PAULO AFONSO– O 3º mandato de Luiz de Deus se deu à sombra do empréstimo de 80 milhões de reais junto à Caixa Econômica Federal, em cujas parcelas estão sendo pagas pelo contribuinte, sem que, como é visto, tenham sido feitas sequer um terço das ditas obras estruturantes.
Mas notem: a eleição foi garantida.
É desolador, por exemplo, caminhar pela Praça do Acarajé e verificar a fanfarra de políticos que creem, sobretudo na impunidade dos seus atos. A Praça, hoje insalubre, feia e inapropriada, estava no projeto da Av. Getúlio Vargas que seria reformada com os 80 milhões.
Daí por que é simplesmente inaceitável que, mais uma vez, à porta de uma eleição, o governo tenha o cinismo de pedir mais dinheiro, para, segundo explicações, reformar o prédio da Justiça Federal cuja obra está prevista há cinco anos e não tem nenhuma relação com o empréstimo.
Quando contraído do bando público, não estava prevista essa reforma. Qualquer lobby judicial no sentido de comprometer as contas públicas com esse projeto deve ser rechaçado imediatamente.
Além do que, até onde se sabe, o prédio da Justiça Eleitoral, embora não corresponda às necessidades de acessibilidade, pode esperar o término da eleição. Não vai cair.
Há cinco anos, a Chesf fez uma doação de terrenos [27 mil metros quadrados, na Av. Maranhão, Fazenda Chesf] com encargos à prefeitura, nela, continha a obrigação da reforma do prédio da Justiça Federal.
A população assiste perplexa e preocupada o desmantelo dessa gestão que pune o cidadão dependente dos serviços de saúde, principalmente. Mas não só. Com uma dívida pública em torno de 200 milhões de reais, não há tração em nenhum setor da gestão que dê alívio a população.
E mais: haja dinheiro: no empréstimo há previsto também 3 milhões para conserto das estradas, mas e os milhões que haviam sido orçados antes?
Acompanhando com atenção, a população estará atenta às mídias para cobrar do vereador seu comprometimento com ela.
