PAULO AFONSO – O governo de Anilton não se relacionava bem com a herança deixada por Caires: Guarda Civil Municipal e Gtran. Era comum a população ouvir a imprensa dizer que “eles só sabiam passear em carros com vidros fechados”.
Neste governo as coisas andaram para ambas as categorias, a bem da verdade, mas o que aconteceu nesta manhã mostra que há ressentimentos. O governo ficou com as vísceras expostas com a enorme repercussão nas redes sociais da falta de combustível há pelo menos dez dias nas viaturas do Gtran.
Ninguém com juízo pode dizer que tal situação ocorreria se Júnior Benzota estivesse no Gabinete ou na Administração. Anilton sempre teve a blindagem necessária porque, antes de qualquer coisa, escolhia bem seu entorno.
Luizinho, secretário de Administração do BTN, se desdobra para auxiliar o prefeito Luiz de Deus (PSD), mas a realidade do governo hoje é outra bem diferente de há duas gestões atrás. Urge que se mude o secretariado; que seja enxuto e proativo.
Ontem, no evento da retomada dos voos comerciais, Luizinho e Benzota trocaram gentilezas. O certo é que, a partir de uma reforma ampla trocassem muito mais: ideias e práticas de gestão.
A saber: a Fazenda fez os pagamentos devidos e o combustível voltou às viaturas do Gtran. O que falta mesmo é o gás emotivo para o prefeito, enfim, trocar o óleo dessa gestão lançando mão de bobagens afetivas de que “não demite ninguém”, isso não existe.
Governo bom é aquele que funciona com gente que protege o prefeito de armadilhas e garante uma boa funcionabilidade dos serviços públicos.
