PAULO AFONSO- A bancada de oposição estava radiante na sessão ordinária da Câmara Municipal desta segunda 06, após a Justiça determinar a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que havia sido engavetada pela Mesa Diretora.
Nenhum vereador, no entanto, estampava mais contentamento do que Marconi Daniel (PV), o político que fez menção pela primeira vez na possibilidade de haver a dita-cuja. Era o mês de abril do ano passado, Marconi foi levado com zombaria, e hoje, ele disse que lavou a alma:
“Até a semana passada eu era o único vereador que acreditava que a CPI pudesse acontecer, em momento algum eu desisti, por que as denuncias chegaram até a mim e eu partilhei com a bancada; eu busquei dialogar com o governo para que eles explicassem as supostas irregularidades com o recurso da Covid, tive silêncio, deboche e menosprezo” lembrou Marconi.
O vereador não sabia como reagir à falta de testes para a Covid, diz Marconi “A sociedade cobrava a nós e não sabíamos dizer porque não tinha, e de repente saia faturamento de empresas cujos testes foram comprados e funcionava uma igreja Universal do Reino de Deus, eu não podia ser omisso.”
“Teve gente que morreu não pela doença, mas por falta de insumo”
Marconi Daniel repetiu mais uma vez que o número de mortes pela Covid, em parte se deveu à falta de medicação e aparato hospitalar.
“Falta de insumo, de assistência e de responsabilidade com o recurso público, e isso hoje é motivo de dor para muitas famílias.”
O poder Legislativo não pode fechar os olhos, prossegue Daniel: “Não se trata de macular o senhor prefeito, nem fazer jogo político, estamos aqui para esclarecer a verdade, e as pessoas que foram responsáveis por esses desvios que paguem!”
