PAULO AFONSO- Há muitos erros nessa pré-campanha de Luiza de Deus (Progressistas) a deputada estadual. O primeiro e imperdoável deles, foi ter surpreendido aliados com a repentina retirada de cena de Luiz Humberto sem maiores cuidados, principalmente para os vereadores.
Em seguida, a pré-candidata sem ter tido qualquer orientação de como lidar com questões delicadas de governo e arranjos políticos, deu uma entrevista da qual vai precisar de muito verniz marqueteiro para apagar a imagem de arrogante, lacrada com as declarações que deu.
Há, contudo, goste ou não, de se reconhecer uma virtude: ela mostrou sangue no olho. Levantou o grupo que está moribundo à espera de 2024 e, finalmente, chutando aliados do governo ligados ao PT no meio da canela, filiando-se ao Progressistas, abre decisivamente o governo municipal para o deputado federal Mário Júnior. Feito que o pai não conseguiu.
A filiação de Luiza teve a participação de Mário Júnior, do pré-candidato ao governo do estado, ACM Neto (União-BA) e do vice-governador, João Leão.
Nota à margem: estavam na filiação de Luiza, a ex-prefeita de Glória, Ena Vilma e o presidente do diretório Municipal do Progressistas, Diego Odiceia; o clima na capital era de muita alegria e alivío.
A hora de partir
Após as declarações de Luiza dirigidas ao deputado estadual Paulo Rangel (PT), fica muito delicado para ele permanecer com o filho, Nino, no governo. Além do que, o governo já tem a cara de ACM Neto.
Val foi outro rifado na lateral do campo. Acabou a mamata de viagens atrás de secretários do governo do estado para ensacar fumaça.
O Progressistas, faça-se justiça, não teve participação na decisão de Luiza ser a pré-candidata do governo, mas, convém observar, a partir desse fato voltou a sonhar com uma campanha menos traumática.
A ver os próximos capítulos.