PAULO AFONSO – A versão oficial vinda do governo por meio de uma petição da bancada de situação, lido com sofreguidão na última sessão da Câmara Municipal, é de que o Parlamento Municipal não tem competência para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com propósito de investigar verbas federais. ]
O tiro não deixou pedra sobre pedra. O desmonte da CPI teve até cenas de vale-tudo.
Evidentemente que isto não sepultaria a CPI. O que jogou a pá de cal no assunto foi o recuo dos vereadores Paulo Tatu e Zezinho (Progressistas).
Ficou evidente que, mesmo tarde, o governo negociou. O requerimento apareceu com 10 assinaturas, o da oposição pedindo abertura tem 5.
Nada disso se fazia necessário se, no lugar de Val Oliveira, articulador político do governo, tivesse alguém com alguma capacidade de persuasão, alguém em que os vereadores pudessem confiar e com sabedoria para diluir crises, tudo o que Val não tem.
Some-se a isto a inexperiência de Paulo Tatu e capacidade de Zezinho de dar o dito pelo não dito e se fazer de doido depois.
Zezinho chegou a afirmar que a CPI devia investigar “até a peste”, e agora, assina o requerimento que pede o arquivamento da dita-cuja.
É para falar de Jean?
Não né, basta lembrar como o governo aprovou, à revelia da população, da mídia, das redes sociais e do diabo, à renovação do convênio da Embasa e Jean, que era contra a que se aprovasse com a cobrança da taxa de esgoto em torno de 80%, [aprovou até projeto de lei, vetado por Luiz de Deus] mudou de ideia e abraçou o projeto, defendendo por cima de tudo.
Jean mais que ninguém, por isso mesmo, conhecia o método de se fazer mudar de posição, da noite para o dia.
A oposição
Nesse caso, há de se reconhecer que os quatro vereadores agiram de forma coesa, superando questões pessoais, e que têm agora, mais do que nunca, muito apoio popular.
Com a reviravolta precipitada pelo governo, não se sabe se houve tempo de angariar adesões para projetos futuros.
Como diria Marina Silva, eles ganhavam ganhando e ganham perdendo.
