PAULO AFONSO – Após o anúncio de fechamento do comércio nos últimos dias do mês – e início do próximo-, uma ansiedade generalizada toma conta de comerciantes e comerciários – e de quem não acredita que tais medidas sejam eficazes para conter o avanço descomunal que a pandemia de Covid-19 tomou no município.
No caso dos comerciários o temor é de desemprego e até falta de pagamento.
Vale acrescentar também que, tais medidas anunciadas num domingo, pegando os comerciantes na mais absoluta surpresa é uma afronta, e também, por outro lado, se transformou em método.
O método que essa gestão encontrou de empurrar decisões que complicam a vida da sociedade sem que ela participe de quaisquer discussões.
Foi assim na virulenta demissão de mais de 60 pessoas, sendo que 28 eram enfermeiros – divulgada num sábado à noite-, e tem sido assim em todas as ocasiões que demandam discussão e acerto com as classes prejudicadas.
Isto decorre de um único e terminal problema: Luiz de Deus, por mais que tente, não está dando conta do desafio que tem em mãos: ser prefeito ou gestor, como queiram.
E, a julgar pela indisposição em mudar seu Executivo, colocando secretários que contribuam com ele – dando-lhes também carta branca para trabalhar -, o município viverá de solavancos. De sustos e sem um roteiro claro de onde se pretende chegar.
O comércio avalia que deve abrir com força nos dias que antecedem o 12 de junho, então resta perguntar: adiar a aglomeração terá qual efeito mesmo?