PAULO AFONSO – O ex-prefeito Raimundo Caires (Progressistas) conseguiu afunilar de tal forma seu ativo político, com sua teimosia, que nem mesmo o mais otimista partidário se anima em contar o que restou.
A rigor, ninguém sabe qual foi sua contribuição à reeleição de Luiz de Deus (PSD), principalmente depois do “vou”, “não vou ser candidato”, quando o partido já tinha ido. Raimundo chegou ao ridículo de dizer que seria, independente de partido, para, alguns dias depois, está com a turma. Foi o fim.
Tentando tergiversar, Raimundo chegou a publicar na publicidade eleitoral que fora traído por Mário Galinho (PSDB), o que, examinando bem, lá atrás, não é mentira, mas não tinha rigorosamente nada a ver com o pleito em questão, a traição de Galinho a Caires, foi no molde idêntico ao ocorrido agora, com Luiz Neto (Solidariedade); daí então Raimundo dizer que ficou sem ter o que fazer é papo furado.
Na verdade, tinha. Ouvir Mário Júnior (Progressistas) e não lançar em momento nenhum candidatura fadada a afundar.
Interlocutores do ex-prefeito dizem que os contratos com a prefeitura sairão. Falam até em secretaria. Mas aí não vai rolar mesmo.
E falando em secretarias e nomeações/cargos parece passar um brando em quem está à frente da prefeitura. Três meses bastaram para esquecer como chegaram lá.
Estão deixando passar o tempo sem cumprir o básico: chamar para dentro quem trabalhou para a eleição.
A vitória, conviria lembrar, tem prazo de validade.