PAULO AFONSO – Ainda está em curso a entrevista do ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos), à rádio Angiquinho FM, que em muitas ocasiões tem jeito de arapuca, mas já se pode pontuar algumas questões relevantes reveladas até agora.
O ex-prefeito atribuiu as duras críticas desferidas pelo atual gestor, Luiz de Deus (PSD) contra ele, a secretários maldosos, e fez críticas à condução do gestor em relação ao enfrentamento da crise de coronavírus.
Anilton tinha voz quase embargada quando lembrou a árdua campanha feita para eleger Luiz de Deus e disse que colegas da Chesf não acreditavam no que ouviam.
“Eu coloco sempre a minha vida, não só os quatro anos, porque já fizeram não só auditoria, mas uma verdadeira devassa, nesses anos todos, fui investigado e não apareceu ainda que abone a nossa conduta. Eu acredito que isso que está acontecendo [inclusive fizeram auditorias e poderiam já tornar pública], mas eu fico preocupado, porque o conheço há mais de 40 anos e digo com muita sinceridade, prefeito, o prefeito não é o mesmo, o mesmo que trabalhamos para eleger em inúmeras vezes, isso que você está falando agora ficou muito claro, quando pegaram aquela gravação [referindo-se ao vídeo que gravara falando da pandemia] com comentários maldosos e eu venho desmentir com veemência, não fiz nenhuma armação contra ele; se tem alguém desonesto nessa história não fui eu. Ninguém acredita nisso, nessa história absurda”, desabafou Anilton, sobre a acusação levantada por Luiz de Deus de que ele teria tramado a notícia falsa de um afastamento do atual prefeito na Angiquinho, a fim de trazer desestabilidade à gestão.
Sobre os secretários maldosos, Anilton não deu nome aos bois, mas garantiu que numa possível reeleição, ninguém que hoje compõe a gestão de Luiz terá espaço na dele.
Gestão sem ordenamento
“As reuniões que acontecem, como sabemos é com o secretário de saúde [Ghiarone Garibaldi], não tem ordenamento, não tem comando, então isso é público, a partir do momento que o prefeito não está aqui, está na sua quarentena se cuidado, alguém tem que responder.”
