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Paulo Afonso-BA, 3 de maio de 2024

Jânio Soares: nem situação, nem oposição e muito menos o povo

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PAULO AFONSO – Quando Júnior Benzota foi apeado da Secretaria de Administração, no último dia de outubro, deu-se um fenômeno esquisito nas redes sociais, termômetro que mede a satisfação popular: alguns comemoraram, e outros exigiram a saída de Jânio Soares, contemporâneo de Benzota.

Não há registro de lamentações. Há pouco, uma fonte comentou aqui ao Painel. “Júnior era um excelente profissional e ninguém pode dizer que não fazia seu trabalho bem, o prefeito [Luiz de Deus]  sequer conversou com ele.”

Outra fonte, também na condição de sigilo, disse-me agora que o clima na prefeitura é de terror. “As pessoas vêm trabalhar na base do medo. Não gostam nem de Paulo, muito menos das pessoas que ele está trazendo para a prefeitura que não sabem nada. O clima é péssimo. ”

Era certo que Paulo de Deus não traria temperança na algibeira. Pois sua missão é, de saída, ingrata: cortar as cabeças que Luiz de Deus insiste em manter.

O grande problema reside no método. Em vez de reunir o grupo que está ali para que o governo funcione a despeito da guerrilha instaurada na oligarquia, faz tudo a seu modo, sem aviso prévio, sem diálogo, sem contemporizar com quem conhece do riscado.

A prefeitura de Paulo Afonso hoje é um gigante de milhões de reais e o governo tem salvação, mas dessa forma, Paulo?, fica difícil.

As fontes garantem que há mais gente do contra na prefeitura do que pode supor a lista com trezentos nomes.

“Da ouvidoria até o ginásio de esportes é grande o número”, comentam os emissários. Notem: a situação de Jânio Soares já está insustentável, mas ele ainda consegue se equilibrar na corda bamba.

Existe para além das coisas de governo, e isso é fruto da forma como as gestões, não apenas a atual, mas a anterior [de Anilton Bastos], ignoraram o apelo do povo, quer no esporte ou na cultura que, a rigor, inexistem.

Há naturalmente uma rejeição fortíssima contra o modelo, não é uma questão pessoal, evidentemente contra Jânio, pessoa de bom trato e “supergentefina”, mas ao que ele, na condição de secretário de Cultura e Esporte executa.

Jânio, que se diga, obedecer à lógica de governos que sempre deram de ombros para essas questões, como se elas fossem menores, como se não significasse nada ter cultura e esporte numa cidade com tantas tribos distintas. E por isso mesmo com necessidades bem específicas que só projetos bem elaborados podem suprir.

Não é possível ignorar a marca deletéria de alguém à frente de departamentos tão importantes em cujo teatro é corroído pelas traças [Lindinalva Cabral], e o estádio municipal, o Ruberleno [interditado pelo Corpo de Bombeiros] para evitar uma tragédia.

Não é culpa de Jânio, sejamos honestos, há gente acima dele, ora, se o prefeito sabe e é conivente com tudo o que está aí, porque devo sacrificar o portador, como diz o ditado, “portador não merece castigo”.

O fato inequívoco é que nem a posição, nem a situação, muito menos o povo aguenta mais isso.

Hasta la vista baby!

 

Foto: reprodução Google/Ivone Lima.

 

Um comentário

  • Parabéns Ivone! Ótima matéria, disse tudo, é uma pena que o prefeito não lê, mas não adianta só tirar o Jânio, o que está derrubando os votos do prefeito é a sua nora Cíntia totalmente despreparada pra atuar na linha de frente da prefeitura, a cada dia Dr. Luiz perde votos por causa desta mulher.

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