PAULO AFONSO – Há quem observe com razão que o município não pegou carona no país que virou à direita, e o que o voto para prefeito não será influenciado por questões ideológicas. “O eleitorado pauloafonsino sempre foi mais à esquerda e nós que tínhamos esses partidos na mão nunca soubemos o que fazer com isso, chegando ao cenário atual que é de vidro quebrado”, comentou Arlindo.
Por isso, acreditando que essa polarização possa atingir o eleitor, perguntei ao deputado federal João Bacelar, onde ele e o partido se encontram nessas tendências.
“O Podemos é um partido de movimento, de causas não é um partido de bandeiras fixas. Na sociedade moderna que nós vivemos as coisas mudam rapidamente, então por exemplo: a educação é uma bandeira, então a nossa causa é FUNDB, resolvendo esse problema a gente consegue mais recursos para os alunos, e assim nos pomos em movimento.”
Digamos que o partido fuja dessa bipolaridade, mas há simpatias?
Eu me considero de esquerda. Acho que num país como o Brasil com tantas desigualdades sociais e injustiças, não há como não abraças as causas tradicionais da esquerda.
O senhor andou pela região e o clima é de campanha.
Sim, nós estamos numa pré-campanha, de estar na rua, escutando. Eu gosto muito de pré-campanha num país que ainda não tem um nível de politização muito alto, esses momentos são muito ricos. Como partido orgânico nós temos que fazer isso.
É verdade que houve uma tentativa de conversa com o prefeito Luiz de Deus e o senhor?
Não, não. Mas olhe eu tenho a maior admiração pelo prefeito, fomos colegas por mandatos na Alba e sentava junto dele, em qualquer momento e a qualquer hora será um prazer. O que eu ouço nas ruas, com pessoas diversas, é que Anilton vai para o 4º mandato.
Não é possível ganhar eleições sem coligações com partidos fortes, como é a relação com os progressistas?
Nós queremos fazer um arco muito amplo, tanto o Podemos quanto o PP são da base do governador Rui Costa, então nós só temos identidade, nada nos separa. Tudo nos une.