PAULO AFONSO – O Ex- prefeito Raimundo Caires (PRB) entrou para disputar a campanha de 2016, sem dinheiro, com as lembranças de sua gestão, apenas do que não deu certo, otimizado por uma máquina de moer reputações, enfrentou muitas dificuldades e cravou para o espanto geral: 10.358 votos, sem, vale ressaltar: fazer campanha propriamente.
Eis que, o historiador Luiz Ruben havia me explicado a matemática: “Todo ex-prefeito sai, com pelo menos 20% dos votos, manter essa margem vai depender da campanha.”
Batata! Nenhuma liderança em Paulo Afonso, seja jovem ou experiente, despreza o cálculo de Ruben, percebam que mesmo diante das circunstâncias desfavoráveis, Caires, cuja toalha foi à lona faltando duas semanas para o desfecho final, cravou 18, 31%.
Ah, mas têm os problemas da Justiça. Fosse assim Policarpo dos Santos, ex-prefeito de Glória, sabidamente sub judice, não teria perdido a eleição por 500 votos.
Eleição municipal é coração, é lembrança, é sangue no olho, e não um papel. Os votos não obedecem à lógica.
Daí por que, diante de uma gestão como miseravelmente faz Luiz de Deus (PSD), Raimundo tende a crescer. Tudo somado, entende-se porque ele poderia jamais anunciar que será vice de alguém.
O contra-ataque de Caires, pressiona as forças de oposição, e aqui convém dizer: Anilton Bastos (Podemos) que lhe vinham trazendo em banho-maria a também sair da toca.
Dito de outra forma: se a oposição não partir num blocão contra o sistema, arregimentando as forças possíveis, formando uma grande coalizão, os números frios de Ruben serão fatais.
Notem: cada prefeito sai, por baixo, com 20%, logo, aquele que aparelha o município, tendo a tiracolo, o legado de um outro ex-prefeito [Paulo de Deus], será um adversário difícil de ser derrotado, se do outro lado estiverem 3 ou 5 candidatos.
A matemática não permite delírio.