Quando o Partido Progressista precisou do auxílio de Luiz de Deus (PSD), para conduzir Pedro Macário à presidência da Câmara, limando Jean Roubert (PTB) da empreitada, sabia que a partir daquele momento, perderia qualquer chance de ainda levantar a cabeça, depois do derretimento de Val Oliveira [candidato a deputado estadual] e Mário Júnior [eleito federal com votação murcha em Paulo Afonso], mas não imagina, decerto, que a humilhação seria tamanha.
Não e que, Macário, na condição de presidente do Legislativo, afirmou na sessão ordinária de segunda-feira 23, que a renovação do convênio da Embasa, merecia mais discussão e, por isso, só chegaria à Mesa, depois de uma audiência pública. A palavra fora dita. E aprovada pelos nobres.
Em menos de 24 horas, o chefe do Executivo convocou, sim, pois como bem dizia o ex-vereador Antônio Alexandre, “a Câmara é apenas uma secretaria do prefeito”, e tudo que foi avaliado parou na lata do lixo.
Não há, até onde sabe, vexame maior. Pois de onde saiu a urgência que antes precedia de audiência pública? A Embasa passou. E o preço político está, como se vê, salgado demais.