PAULO AFONSO – De acordo com o vereador Moreirão (PSC), a consciência dos vereadores que votaram a favor da Embasa, na última quinta-feira, tinha mais alguma coisa ainda não revelada, que não só a certeza de um serviço adequado da concessionária.
Se pronunciando na tribuna, na sessão desta segunda-feira 29, e pedindo providências contra a RBN, porque foi chamado de “mentiroso” pelo repórter Gil Leal, durante o programa Ronda Policial, Moreirão estava irritadíssimo.
“Que se abra uma ação judicial contra a rádio que é do prefeito, quero que abra e que seja desmascarada essa farsa, e não ficar chamando policiais de mentirosos”, disse Moreirão e foi corrigido pelo colega Mário Galinho (SD) “ele chamou cinco vereadores. ”
Contudo, Moreirão revelou uma fala que não veio à tona pelos outros colegas, durante as discussões acaloradas sobre a renovação do convênio da Embasa; eu pergunto só para chatear mesmo: por que será?
“Eu sou homem e vou falar publicamente a fala do senhor prefeito naquela ocasião [da reunião com os vereadores] ‘quem está comigo tem tudo, e quem não está não tem nada.”
Não é que seja novidade o pensamento. Ele apenas revela que o prefeito dispõe da máquina para fazer o que lhe dá na telha “tem tudo”, a despeito do que seja bom para a população “tem nada”, agora de forma bastante clara, quem está com o prefeito, o faz, para “ter tudo”, e sublinha o mesmo ideário.
Não é à toa, que até onde se tem notícia, temos um prefeito com o maior salário para o cargo [no Brasil nenhum prefeito ganha mais que Luiz de Deus] e por tabela seu genro, Luiz Humberto, com salário de 45 mil reais “tem tudo”.
Dito isto, Paulo Afonso está dividida entre os que “tem tudo” e àqueles que não “tem nada”. Observo que, ouvindo Moreirão, os colegas não o desmentiram. Aqui cumpre dizer: quem banca o “tem tudo” é o povo.
