PARLAMENTO – O vereador Mário Galinho (SD) toca a bola na pequena área, corre para o meio de campo e ainda se antecipa para chutar de letra no gol vazio. Toda sessão faz um golaço, quando quer. E por um simples motivo: não tem adversário. Deita e rola.
Contudo, a chegada de Marcondes Francisco (PSD) na liderança de bancada de situação, de forma inesperada – para alguns pelo menos, para outros nem tanto-, converte-se imediatamente em um grande desafio ao político que pretende encurtar o poder do prefeito Luiz de Deus (PSD) a apenas este mandato.
Tomemos como exemplo o quiproquó da sessão ordinária do dia 27 de maio, em que Galinho já inscrito no Pequeno Expediente, teve que fazer grande reboliço para poder usar a tribuna, porque Marcondes [ausente do acordo] não aceitava que ele falasse, após o encerramento do Grande Expediente, cedido para uma apresentação.
Pedro Macário (PP), foi acossado, interrompido e acuado, sem ter o devido tratamento a que se deve dispensar a um presidente. Titubeante, quando deu aval a Mário, já tinha se passado quase meia hora de discussão intensa e impaciência do público que xingava os parlamentares. Foi um escárnio.
“Mário Galinho agora terá que chegar aqui bem amparado porque são 30 anos de Câmara e fidelidade canina a Luiz de Deus, portanto, Marcondes Francisco chegou para acabar a moleza”, disse um leitor do Painel.