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Paulo Afonso-BA, 28 de novembro de 2024

Imprensa livre: a arte do impossível

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CÂMARA MUNICIPAL – Encontrei na manhã desta sexta-feira, 1ª de março, um velho amigo de tantas tardes quentes no rádio, Epidauro Pamplona, hoje na Anjiquinho FM, em Alagoas.

Fizemos um pequeno panorama do mundo e chegamos tristes à conclusão de que temos um desequilibrado na Presidência. Embora o autoengano seja um direito, abrimos mão dele.

Outra constatação melancólica que nos ocorreu é que se conserva nos homens que detém o poder na região, ojeriza à imprensa livre. Àqueles que tentam respirar fora da teta municipal são convidados a abandonar o barco, antes de morrerem na praia. Crise.

Vou me permitir um adendo

Antes de terminar a sessão de hoje, o vereador Marcondes Francisco (PSD), sugeriu que a imprensa noticiasse os 500 requerimentos aprovados na Casa. Uma espécie de burocracia que gasta papel e que não serve para rigorosamente nada. Pois o prefeito costuma dar como destino à lata do lixo. Isso porque eu noticiei essa semana que ele e alguns colegas saíram da sessão enquanto Pedro Macário (PP) lia projetos de lei, em franco desrespeito ao público sempre diminuto que ainda comparece à Câmara.

Não entra na cabeça de gente como Francisco que a imprensa é diferente de papagaio, não serve para reproduzir vontades. Imprensa tem o único e sagrado dever de vigiar o poder, e, por conseguinte, os poderosos. Ainda que, para tanto, respire com aparelho.

Outra lição, meu caro Marcondes: na Câmara, a imprensa precisa separar o joio do trigo e publicar o joio.

 

Foto: Niejda Torquato. 

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