PAULO AFONSO– O bispo reconheceu que, celebrar o sacramento do Crisma para os internos é o início e não o fim. “Não posso achar que já acabou a minha missão, olhando para vocês entendo que o desafio de continuar é meu também.”
A celebração na capela de Santa Clara (Paróquia do Sagrado Coração de Jesus), para oito internos do Recanto Solidário, foi a culminância de uma catequese que precisou levar em conta vários outros aspectos da vida destes que optaram pela Confirmação, uma vez que, diferente dos demais crismados, eles não vão sair imediatamente às ruas, ao contato com o mundo exterior levando os novos ensinamentos.
Tudo aprendizado e espiritualidade está sendo gestado no período em que eles ainda vão permanecer no Recanto para a reabilitação e socialização plena. A preparação para o Crisma foi da comunidade Arca da Aliança que acompanha os internos.
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“Tantas vezes nós, e não somente vocês – porque viveram experiências ruins – temos a tentação de reagir a partir da instintividade e não do reconhecimento, é por isso que Cristo, depois fala “Perdoa”, porque Ele conhecia o Pai. O cristianismo é um caso diferente (Dom Guido lembra a letra de Paulinho da Viola “Foi um Rio que Passou em Minha Vida”), porque não é uma tese, não é uma doutrina, o cristianismo é um relacionamento de amor que parte da Santíssima Trindade e, justamente porque eu me sinto amado, eu posso dizer “porém”, eu teria vontade de pagar olho por olho e dente por dente, mas quando eu perdoo o outro não sabe mais o que fazer”, refletiu dom Guido.
Vão deixar quatro atitudes que vão ajudar vocês a viverem melhor a partir de agora, continua o bispo: humildade, confiança, misericórdia e caridade.
“A misericórdia é acolher o outro sem limite, sem colocar rótulos. A misericórdia é reconhecer que, se eu estou aqui, se eu acordo de manhã é pura graça de Deus. A misericordia, por fim, é entender que mesmo enfrentando momentos ruins eu reconheço que Jesus me ama. ”
