PAULO AFONSO- O prefeito Galinho (PSD) inverteu a lógica do antecessor Luiz de Deus, segundo a qual, não se devia desempregar tantos pais de família. Galinho mandou todos embora, alegando crise financeira aguda, fechou a prefeitura, e depois, empurrou uma reforma administrativa criando salário de marajá para alguns poucos indicados dos vereadores, além de familiares seus.
Ninguém sabe onde foi parar àquele político que criticava Luiz de Deus por empregar familiares e aposentados e, diga-se de passagem, àquela Câmara, com os profetas de araque. A reforma chegou e sem que tivesse tido um minuto de atenção sobre ela, foi aprovada criando essa teta abarrotada para os amigos do prefeito.
É dispensável lembrar que, nela, foram criadas secretarias para, além dos “brothers” a esposa.
Até o momento, o vice-prefeito, Macário (PSDB), tem sido mais eficiente nas indicações. De acordo com o que se apura nos bastidores, o vice-prefeito ficou extremamente insatisfeito com a indicação da senhora Renata, à pasta de saúde.
“A discussão lá foi pesada”, dizem os interlocutores sob reserva ao Painel. Então, conclui-se que, para não correr riscos desnecessários na Câmara, já que Macário tem parte do Legislativo sob sua influência, ainda, Galinho abriu a porteira. Porém, ao fazê-lo atira nos próprios pés.
“A lista que Zé de Abel (PSD), entregou à prefeitura faz qualquer prefeito chorar. São tantas indicações que não se sabe por onde começar”, relata a fonte. E tem os demais, o vereador ‘pavão’, chegou de braços abertos falando em contratos.
A fome dos vereadores, frise-se, é imensa. Nunca se prometeu tanto emprego na prefeitura como nesta eleição. De acordo com Bob Charles, criou-se na prefeitura uma espécie de Bolsa Família especial.
Com a lógica da reforma administrativa e seus penduricalhos, para pouquíssimas famílias. Pode-se afirmar, em último apelo que, Galinho é a versão melhorada de Luiz de Deus, no sentido de que sua família, amigos e familiares dos vereadores, chumbetas etc., merecem mais e melhor.
Confiram a tabela:
