PAULO AFONSO– Em alguns meses o país se voltará, de novo para outra eleição, dessa vez federal. Fortemente polarizado, o Brasil discutirá se, continua com Lula (PT) – ou seu indicado – ou se vira à direita, e retorna com Bolsonaro (PL), havendo elegibilidade para este.
Na eleição passada, o ex-vereador Marconi Daniel (PT) se candidatou a prefeito e, em franca desvantagem, marcou sua pauta se diferenciando do rival, Mário Galinho (PSD), como sendo “de Lula”, e, o outro, “de Bolsonaro”, numa espécie de nacionalização do pleito. Não funcionou. Em Paulo Afonso não funciona nunca, diga-se de passagem.
Galinho teve apenas três dias de governo e Marconi Daniel estava absolutamente certo. Nunca se imaginou tantas ações que se assemelham às escolhas de Bolsonaro como agora, a mais flagrante delas: tirar os profissionais que auxiliam nos cuidados com os idosos institucionalizados.
O entorno do prefeito defende a desumanidade cometida: “Tem que vê quem são esses idosos e de onde vêm, e cada município que pague pelo seu”, disse-me sob reserva um baba-ovo de Galinho, que, também por coincidência é bolsonarista roxo.
O antecessor de Galinho, Luiz de Deus, mesmo diante do recuo de verbas na gestão de Bolsonaro, manteve repassas à Casa de Repouso em torno de 20 mil reais. Vez por outra havia queixas de vereadores sobre atrasos desses pagamento para ajudar nas despesas que, para se medir: são em média 150 fraldas por dia.
São 30 idosos acamados.
O Painel espera por respostas sobre a questão há dois dias. Não houve uma única palavra.
Não sei se por coincidência, Bolsonaro tratava muito mal jornalistas – mulheres.