PAULO AFONSO- Quem matou Odete Roitman parou o Brasil em 1988, ano da maior novela já realizada no país que consagrou o gênero. Todos queriam saber quem havia disparado três tiros à queima roupa na maior vilã de todos os tempos, em Vale Tudo.
A lembrança foi inescapável para o secretário de Educação, Flávio Henrique, agora há pouco no púlpito, quando do nada e sem qualquer relação com o assunto tratado por ele, foi questionado sobre o famigerado sumiço da patrol, que, também do nada, reapareceu a 50 quilometro de Paulo Afonso, no vizinho Santa Brígida.
Flávio afirmou que o caso está onde merece, na polícia, e declarou que, com as barbas- literalmente- de molho, pôs correntes nos ônibus da Educação para que não sofram semelhante destino.
A participação de Flávio foi primorosa também sobre outro aspecto. Sem poupar criticas à gestão adotada até então, ele deixou claro que o próximo governo vai melhorar muito a pasta se se livrar do “jeitinho”, do “contratinho” que, todos sabem leva em consideração a liderança e não o serviço prestado.
Flávio falou abertamente: “Encontrei situações que achei melhor olhar apenas para a frente, não tive tempo de olhar para trás, porque a coisa ali (na Educação) se eu deixasse de trabalhar no segundo dia, era como carne próxima de queimar. Então eu me debrucei, baixei a cabeça e fui trabalhar. Não auditei, não busquei informação – mas me chamou atenção que havia veículos sem receber desde fevereiro- busquei respostas, mas sempre foram muito vazias, então eu preferi olhar para a frente.”
Flávio substituiu Elza Brito.
O secretário explicou amiúde a situação do superávit deixando claro que os recursos que somam 17,5 milhões de reais darão unicamente para gerir a pasta até o final do ano.
