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Paulo Afonso-BA, 1 de novembro de 2024

Articulado e unido aos Otto, Jean Roubert é a única ponte entre Paulo Afonso e o governo do estado

PAULO AFONSO- É inaceitável que, por ser qualificado e acima da média, o vereador Jean Roubert (PSD), líder da bancada de oposição, precise penar como político. E ele penou muito.

Há dois anos, findada a eleição federal, os Otto [senador Otto Alencar e o deputado federal Otto Filho (PSD)] amargaram uma dura traição, para ficar nas palavras do deputado.

Tinham o secretário Val Oliveira como organizador e cabo eleitoral mais importante, ou seja, não tinham ninguém, e Luiz de Deus, então prefeito, sempre tendente a apoiar Aleluia, porque ele é homem de um gosto só, quanto ao restante do aparato municipal, como restou provado, funcionou adequadamente para Mário Jr (Progressistas) que, em troca, apoiou Luiza de Deus.

Os Otto na rua e sem a casinha de sapé, tiveram o empenho valoroso de Jean, seus familiares e amigos. Souberam recompensar. Tiraram, para o espanto de muitos, o partido dos prefeitos licenciado e afastado, alegaram infidelidade, e apostaram tudo em Jean Roubert a quem confiaram a legenda.

Eu poderia seguir dizendo que o resto é história recente, mas para quê a pressa?, antes é preciso constatar que Jean pegou o partido sem ninguém, esvaziado, e levou o nome promissor do então candidato a prefeito Galinho (PSD) aos Otto. Apresentou-o como alguém a quem se poderia confiar e apostar. Levou vereadores, abriu caminhos e portas, até ser advertido.

Os Otto precisam frear o avanço unilateral de Galinho, que, com a crista entre as pernas, voltou depois de uma ida a Salvador sem que Jean soubesse de nada. Otto Alencar tem palavra de honra, coisa velha, mas com valor.

Ficou evidente aquela altura, se havia alguma dúvida que, sem combinar com o vereador nada andaria na pauta. E mais: se Galinho chegou à antessala do governador Jerônimo (PT) que, como todos sabem, não o conhecia, foi por meio dos Otto.

Isso posto, Jean teve uma campanha duríssima esmagado pelos polos. Não o queriam  reeleito. São políticos medíocres que temem a concorrência e deixam de observar o que o vereador fez e pode ainda fazer pelo município.

Jean, com todo o respeito, não anda mostrando buraco de rua, como muitos se fizeram conhecer, tem ideias.

Aprovou leis importantíssimas para que o município possa se livrar de gargalos; para melhorar a arrecadação e destravar o empreendedorismo etc. etc., corroborou decisivamente com a oposição – uma vez que deixou o governo- foi à Justiça contra os dois salários de prefeito; forçou como pôde, por meio das leis, à renúncia de um prefeito já afastado há muito tempo, e tudo isso serviu de condão para fortalecer a campanha vindoura. Ou por outra: sem Jean atuando, Galinho continuaria mostrando buracos nas ruas e fazendo alarido em porta de posto médico.

No entanto, o vereador continua – me permita Jean- subaproveitado. Isolado, temido, afastado, sem ser convidado, sem ser ouvido.

Resumo: sem os Otto, para lembrar Marconi Daniel (PT), Galinho continuará na antessala, porque Jerônimo, e de resto, o PT, não sabem quem ele é. E os Otto ouvem o que diz Jean Roubert, merecidamente.

 

 

 

 

 

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