PAULO AFONSO– O ex-vereador Mário Galinho (PSD) foi eleitor prefeito com 31.834 votos, o que correspondeu a 59,19% dos votos válidos, ante 21.137 (34,90%) do prefeito Marcondes Francisco (Progressistas), que tentava a reeleição. Foram resultados muitos próximos das sondagens feitas pelo IPM Brasil que sempre colocou Galinho com margem de pelo menos 20% de vantagem sobre o segundo colocado. As urnas, inclusive, foram mais generosas.
Cravou o 3º lugar, o candidato do Republicanos, Dr. Juliano com 4.134 votos (6,52%); Marconi Daniel (PT), o 4º com 3.989 votos; Dra. Onilde Carvalho do Partido Novo, ficou em 5º com 962 votos, e, encerrando o pleito Dudé da Vitran com 369 votos (0,58%).
Galinho conseguiu aglutinar apoios importantes deixando a base governista em extrema fragilidade, além disso, o governo sob o comando, incialmente interino, e depois, de forma oficial, de Marcondes, não conseguiu sanar os profundos problemas herdados pelos dois primeiros anos do segundo mandato de Luiz de Deus – prefeito que renunciou, após mais de um ano de afastamento.
Nas cordas, com um volume de dívidas impressionante, em torno de 100 milhões de reais, segundo cálculos da oposição, Marcondes tentou correr com obras em paralelo, mas o efeito era de uma grande bola de neve.
O governo perdeu fôlego, e, do outro lado, Galinho que vinha numa contínua campanha desde que perdera a eleição por míseros 809 votos, se agigantou. Inicialmente com a tropa de vereadores da oposição e governistas, e depois, com o apoio de políticos graúdos da Bahia, a exemplo do senador Otto Alencar e do deputado federal Otto Filho, presidente do PDS.
Com uma campanha bem estruturada, discurso afiado, e governo caminhando mal das pernas, Galinho se tornou invencível.
Após um ciclo de 16 anos, a população resolveu dá uma nova chance a um grupo político de oposição. Heterogêneo e com muita energia, comandando por Galinho, espera-se com isso que o município alcance um novo ciclo desenvolvimentista.