PAULO AFONSO– A campanha da vereadora Evinha Oliveira (Solidariedade), não trata de uma tentativa de furar a bolha do gênero, mas de continuar o trajeto. Eleita na eleição passada, ela tratou de afirmar: “não cheguei aqui sob a tutela de um homem, não ocupo o espaço dado por ‘esse homem’; cheguei aqui pelo meu empenho e de muitas lideranças que acreditaram em mim; venho da sociedade organizada, dos movimentos da igreja e, sobretudo da força das mulheres.”
O mandato de Evinha, por fim, desfez outra crença limitante: é possível que a mulher se enxergue na outra. Hoje, na reta final do 1º mandato e tentando a reeleição, Evinha diz que não encontra dificuldade na abordagem com eleitor e que é reconhecida.
“Diferente do que aconteceu na outra eleição, na qual eu me apresentava como uma mulher que poderia lutar por elas e eles, hoje, eu chego, e eles me reconhecem. Ouviram falar de mim em matéria de jornal, no rádio, sabem que eu fiz por onde merecer a confiança do cidadão, é uma campanha diferente, melhor no sentido do reconhecimento”, disse a vereadora a esta jornalista.
Na rua para os primeiros atos da campanha, fica evidente que a luta pela plenitude política almejada pelas mulheres ainda está distante. A predominância é masculina, com todo o esforço da Justiça Eleitoral para uma maior participação das mulheres. Eva, no entanto, já pode ser considerada a flor que nasceu no asfalto.
“Há muita coisa para ser conquistada e quando essa oportunidade chega até nós, a gente mostra que consegue fazer a diferença. Agora é a minha vez de ir ao eleitor, mas vou tranquila porque tenho serviço prestado”, reforçou Evinha.