PAULO AFONSO– Liderando a oposição, Jean Roubert (PSD) trilhou o caminho do diálogo com a prefeitura, para tentar uma melhor compreensão do rombo público, em torno de quase duas centenas de milhões que, como é percebido, inviabiliza a gestão.
Para isso, convocou – com apoio unanime- Marcelle Amâncio, recém-chegada à pasta da Fazenda. Na Câmara, ela assumiu compromissos imediatos, e hoje, o vereador cobrou mais uma vez o pagamento dos contratos, alguns com atrasos injustificáveis.
Sobre os eventos em curso, Jean afirmou que á a prova mais simples e clara da desorganização na administração: “Os eventos já começaram sem que houvesse as licitações, isso é de praxe deles. Todas as vezes que falta medicamento ou qualquer coisa, dizem que ‘está em processo de licitação’, ora, licitação tem tempo e prazo, um governo que se preze deveria, antes de expirar o processo, encaminhar outro, mas esse não faz.”
“É uma moça que tem boa intenção, mas o sistema não ajuda”, diz Jean sobre Marcele Amâncio e prossegue: “Eu já sabia, ela toma posse, diz que vai organizar as finanças, chamar os fornecedores, começam as conversas e não se consegue executar.”
“Passadas três semanas, nada, quem quer pagar paga. Está aí o Núcleo Vida sem receber e hoje tivemos mais uma denúncia de atraso no pagamento do transporte escolar. O dinheiro está escoando sem objetividade”, acrescenta o vereador.
Moradores da área rural atingidos pelas enchentes, continuam à espera da prometida assistência
Jean cobrou explicações da gestão sobre um provável aporte financeiro, vindo da união e do governo do estado, para socorrer as famílias vítimas das enchentes que atingiram fortemente moradores da região do Bogó no mês de fevereiro.
“Tem um decreto oficial do governo municipal solicitando recursos estadual e federal para custear a ajuda à essas famílias, eu quero saber se esse recurso já chegou, precisamos solicitar – é a nossa função- porque Canudos que sofreu a mesma situação já recebeu. Está aqui, é nível 2, ou seja, significa que o município não tem condições.”