PAULO AFONSO– Se passaram-se exatos 50 dias das chuvas que atingiram fortemente a região do Bogó. As enchentes, contam os moradores, foram num volume de águas jamais visto na região que, infelizmente, em decorrência delas, deixou uma vítima e incalculáveis prejuízos.
Apesar de todo o esforço das autoridades locais, os moradores do Bogó e adjacências convivem ainda com um cenário de terra arrasada e, somado a isso, isolamento e falta de providências. Por esses motivos, a presidente da associação rural do Bogó, Ivelize Gomes, solicitou ao vereador Jean Roubert (PSD), que ele abrisse espaço na Câmara e ajudasse a comunidade com uma audiência pública. Ambos os pedidos foram atendidos.
Nesta segunda (1º/abr), os representantes das comunidades desabafaram, exigiram a presença do governo municipal e o emprego da ajuda financeira que foi anunciada. “Não fizeram nenhum cadastro com a gente, então eu pergunto para onde vai os recursos da ajuda que nos prometeram?”, questionou Ivelize.
“Sou produtora de leite e assim como eu vários agricultores foram atingidos”, continua Ivelize, “Dizem que fizemos casas em baixadas, mas temos testemunhas que em 90 anos que moram ali nunca houve nada parecido.”
O líder da bancada de governo, Leco (PSD) disse que a prefeitura não cruzou os braços, fez relatórios e encaminhou as autoridades. Além disso, há na programação da gestão um cronograma para o conserto das estradas.
Para Jean as coisas estão longe de uma resolução, é preciso dar outros passos. “No relatório está tudo lindo e maravilhoso, mas eles são as vítimas, estão clamando por socorro. Eles não estão aqui culpando ninguém, retrataram um problema que nós sabemos que é real. Se havia relatório do governo não chegou a eles”, defendeu Jean.
O vereador alertou sobre as próximas chuvas: “Estamos próximos do inverno e por isso eu peço em noma do Bogó e dos demais povoados uma audiência pública para tratar dos problemas. Que venham representantes da prefeitura, de Brasília e de onde for para resolver..”
Jean protocolou o pedido para a audiência e, em breve será divulgada. “É hora de nos unirmos e vamos procurar juntos uma alternativa, não pode ficar somente nos relatórios.”