Paulo Afonso- De acordo com interlocutores presentes à reunião havida nesta sexta (16/02), na Câmara, para a definição de quem lideraria a nova oposição, o vereador Marconi Daniel (PV) pré- candidato a prefeito e adversário de Galinho (PSDB), precisou de um minuto apenas para colocar o grupo dos seis vereadores que aderiram ao tal “Movimento Por Paulo Afonso” no poleiro, para dizer assim.
O problema é que o poleiro foi o do Galo errado. Traído em casa, Galinho ficou sabendo por último sobre a desistência de Jean (PSD) de brigar pela liderança.
O vereador trazia na algibeira um documento assinado por cinco vereadores, solicitando uma nova liderança, menos por ele.
E o acerto era precisamente o seguinte: como se tratava de uma maioria, um desses vereadores (do grupo dos seis) assumiria a liderança de oposição para enfrentar as questões de governo em alinhamento com Galinho.
No entanto, o pré-candidato a prefeito passou um mês sendo ludibriado, como se faz a uma criança de quem se tira uma bala.
Agora está compreendido e explicado o porquê de os vereadores exigirem de Galinho uma interlocução direta com o senador Otto Alencar, não havia motivos para confiar na presidência local do PSD.
Gato escaldado teme água fria. O fato é que Galinho saiu menor de um movimento que tinha tudo para ser o pontapé da pré- campanha, mas que, por motivos alheios à política deu com os burros n’ água.
E mais, é preciso que se diga tudo: se o grupo de Marconi Daniel não fosse o desmantelo que é, e ele tivesse mais tempo, Galinho perderia a condição de polarizar com o pré-candidato governista, Marcondes Francisco (PSD).
Galinho está a salvo na outra ponta do polo menos por essas alianças da onça e mais pelo trabalho árduo que vem fazendo ao longo de 8 anos de muita luta.
Entretanto, convém alertar: a vitória do adversário se faz mais em cima dos erros do oponente do que em acertos próprios.
Em miúdos: o governo, até o presente momento, não arriscou, mas também não errou nada.
Encerro: na Câmara quem dá o cocoricó é Marconi Daniel.
