PAULO AFONSO- O Painel ouviu, mais cedo, um vereador governista, em caráter reservado. De acordo com ele, o clima no governo é bom. “Estou feliz porque agora temos menos concorrência, lá pelas bandas do Galo não teria nada para mim”, analisou, calculando os benefícios futuros de ver parte da bancada dando adeus.
O movimento ocorrido, precisamente há uma semana, deixou o governo tonto, mas, de acordo com o vereador, “tudo está arranjado”. Para começo de conversa, o ex-prefeito Anilton Bastos (MDB), estivera reunido, na manhã da última quinta (25/jan) com o prefeito em exercício Marcondes (PSD). “Ficou tudo alinhando entre eles.”
A fonte garantiu que as demissões em resposta à debandada de vereadores, entre eles, o presidente da Câmara, Zé de Abel (Podemos) e Pedro Macário (União), não ocorreram ainda porque havia uma dúvida: “O nome de Marcondes não havia sido sacramentado, agora ficou tudo certo, o pré-candidato do grupo de Luiz é Marcondes.”
Luiz de Deus, diga-se de passagem, faz muito gosto sobre esse entendimento.
Nesta terça (30/jan), uma pessoa ligada ao vereador Gilmário Marinho (Podemos) foi subitamente demitida. “A lista é grande e nos próximos dias vocês vão ver o governo reagindo”, reforça a fonte.
O vereador ainda tirou uma onda: “Vocês [se referindo à imprensa] comeram a sobremesa antes do almoço.”
Marconi Daniel (PV) como vice, tem chances?
Ainda sobre as articulações para a chapa governista, a ideia é esperar um nome que surgirá da dita federação. Perguntei sobre a possibilidade de ser o vereador Marconi Daniel (PV).
“Seria bom né, considerando que ele é uma força no Legislativo, mas acho difícil que ele deixe de disputar um novo mandato.”
Antes que o leitor se admire, convém adiantar: quando for definida a nova liderança da bancada de oposição, articulação que caminha ruidosamente na Câmara, cuja finalidade é escolher alguém que possa articular as ações em nome da grande base que se tornou a oposição, o atual líder, Marconi Daniel, pode não permanecer na bancada. Inclusive, em recente entrevista, ele negou que a sua liderança lhe será tirada. E vai ser.
É uma especulação constante. Daí por que uma das opções seria o vereador voltar a integrar o governo. Repito: é só especulação. Se não houver jeito para Marconi ficar no bloco, ele pode seguir neutro.
“Nós vamos trabalhar muito e, escreva aí, vamos ganhar a eleição”, encerra a conversa a minha fonte, muito confiante.