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Paulo Afonso-BA, 22 de novembro de 2024

“Escantearam os idosos de Paulo Afonso”, diz ex-participante de atividades da Sedes sobre atual coordenação de programas

Uma parte significativa da população de Paulo Afonso (Norte da Bahia) é composta por pessoas idosas, o que presumidamente existe uma rede de atendimento exclusiva para essas pessoas. Mas infelizmente, aqueles que ajudaram a construir o Município e são parte de sua história não têm o que falar de bom sobre essa suposta rede.

Entre centenas de idosos que se dizem esquecidos pela atual coordenação dos programas sociais do Município, encontramos a dona Maria José, de 69 anos. Numa conversa com o repórter, com quem participou durante muitos anos, das formaturas de cursinhos de informática e eventos festivos promovidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social, a costureira recorda com saudade o período em que, segundo ela, os idosos eram valorizados.

“Foi uma época muito proveitosa para os idosos de Paulo Afonso. Eu sou eternamente grata a dona Clara pela oportunidade que ela me deu de aprender a usar o computador, através do curso de informática para a melhor idade. Também sinto muita saudade do Chá Dançante, quando nós comemorávamos as festas, tinha música ao vivo, muita comida, dona Clara e doutor Anilton estavam sempre presentes e todo mudo ficava feliz”, lembra.

Não faz muito tempo que o Projeto “Celebrando a Vida com os Idosos,” promovia momentos de convívio e de lazer para a comunidade idosa, contribuindo deste modo para a socialização e a qualidade de vida do público de 60 anos do Município ou acima dessa idade.

Também conhecido como “Chá Dançante com a Melhor Idade”, o grande sucesso do Governo Municipal criado em setembro de 2009, evidenciava o compromisso com os idosos da cidade. Mas o compromisso começou a declinar em 2018, após a saída da assistente social Ana Clara Moreira do comando da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Dona Maria José ou dona Nenen, como é conhecida entre os amigos, diz que desde aquele ano deixou de participar das atividades porque percebeu certo distanciamento das coordenadoras com quem sempre teve uma boa convivência, mas tudo mudou de repente e sem explicação.

“Nunca mais me chamaram para participar de nada. As coordenadoras se distanciaram das pessoas que faziam parte dos grupos de idosos e passaram a se dedicar mais aos jovens. Nós idosos fomos escanteados”, lamenta.

 

Por Washington Luís.

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