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Paulo Afonso-BA, 24 de novembro de 2024

Eleição: só num governo de oposição os pobres estarão no Orçamento, em vez das consultorias

PAULO AFONSO– Em meio às discussões sobre rejeitar as contas do prefeito licenciado Luiz de Deus (PSD), a Câmara vive dias de análise da Peça Orçamentária que será aprovada nas próximas sessões, para o exercício de 2024.

Por tudo o que se viu neste ano, e por tudo o que está por vir, presumivelmente, no ano eleitoral, sobressai uma certeza: se a população continuar apática – especialmente a parte vulnerável-, ficará de fora do Orçamento, ou pior: será manobrada em razão da eleição.

Portanto, o ponto de partida para a urna é agora.

Os vereadores Keko do Benone (Avante), Zezinho (Progressistas) e Marconi Daniel (PV), exemplificaram na última semana como é fácil prevê esta afirmação. Eles afirmaram categoricamente que o governo cessou a distribuição de cestas básicas a pacientes que são assistidos no Seta. Pessoas que lutam contra um vírus que já foi considerado mortal: HIV.

“A prefeitura, dia muito, não distribui mais as fraldas geriátricas lá no Ivecan”, denunciou Marconi Daniel. O Instituto é fundamental no acompanhamento de pacientes com câncer.

Zezinho disse, também na última segunda que, “precisou do carro da Câmara para pegar pacientes na área rural”, para que eles, enfim, pudessem ir a Recife e não perderem as consultas marcadas há dias.

Questionou se há alguém na prefeitura?, ou, se, simplesmente, ela ainda existe como ente governamental, dado o fato de que os menos favorecidos estão abandonados. É, para todos os argumentos possíveis, uma verdade dolorosa.

Portanto, manter este governo é assegurar, como bem disse a vereadora Evinha (Solidariedade) “que os amigos continuem recebendo direitinho”. Dito de outra forma: as consultorias. Algumas ligadas a pessoas tão próximas que chega a constranger.

É a manutenção do privilégio, para também recorrer a outro vereador, no caso, Jean (PSD), que mantém esse estado de penúria. E quem opta por um, em vez de outro, é o senhor prefeito.

Votar o Orçamento, tem sido muito difícil para o político consciente, exatamente porque ele dá a medida do quanto entra de recurso no município e da situação na qual vive a população. São milhões investidos na Saúde, e veja como andam os atendimentos nas unidades públicas, vejam a estrutura de postos de Saúde e a permanente falta de remédios na Farmácia Básica.

Observem os milhões destinados à Educação. Além de faltar transporte para as áreas distantes, por último, uma denúncia inacreditável sobre a qual o governo não deu um pio, nem apara desmentir, até o presente momento: crianças estão sendo marcadas para não repetir a merenda. Segundo o pré-candidato a prefeito, Robson do Santos.

Por tudo isso e mais o que ainda não veio à tona, é que os pobres, os desfavorecidos, os que não são amigos nem parentes, precisam reagir. A arma é oferecida pela Constituição: o voto.

 

Fotos: redes sociais. 

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