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Paulo Afonso-BA, 23 de novembro de 2024

Em condições precárias, Ceasa de Paulo Afonso necessita de reforma urgente e feirantes denunciam falta de atenção do Poder Público

A Central de Abastecimento de Paulo Afonso, localizada no bairro Tancredo Neves III, pede socorro ao Poder Público. Inaugurada pelo então prefeito Wilson Pereira, em dezembro de 2004, a Ceasa passou mais de cinco anos esquecida pela gestão seguinte (do ex-prefeito Raimundo  Caires), e somente a partir de 2009, durante o governo de Anilton Bastos, recebeu várias obras estruturantes e revitalização de espaços, também importantes ações na área de Administração da Central.

Entre as ações realizadas naquele período, a implantação da Cozinha Experimental destinada à capacitação de cozinheiras e merendeiras, reforma e ampliação do Banco de Alimentos e parceria com produtores e instituições para recebimento de doações, repassadas a entidades socioassistenciais. A instalação de um ponto de autoatendimento da Caixa Econômica na parte interna da Ceasa foi outro benefício conseguido por Anilton junto à instituição financeira.

Mas nos últimos anos, a estrutura caiu de novo no esquecimento e continua se deteriorando, e segundo alguns feirantes ouvidos pela reportagem, a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, responsável pela administração do local, não dá a mínima atenção. E não são poucos os que sequer conhecem o secretário.

“Eu nem conheço esse rapaz. Só sei que é filho de um  deputado, mas aqui na Ceasa ele nunca apareceu”, comentou um permissionário.

Com vidraças quebradas, buracos na cobertura e cheiro insuportável nos banheiros, o equipamento público que já foi cartão-postal da cidade, hoje é motivo de vergonha.

Mas o cenário de abandono não se resume apenas ao prédio onde estão localizados os açougues, bares e lanchonetes; no pátio externo, frutas, verduras, legumes e outros alimentos são expostos em bancas totalmente inadequadas para venda de produtos comestíveis, e desprovidas de higiene.

Nos poucos banheiros disponíveis, os usuários de submetem a riscos de infecção, pisando em uma mistura de água e urina, e com a máxima atenção para não pisar em fezes comumente encontradas na entrada.

 

(Por Washington Luís)

Foto: RBN

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