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Paulo Afonso-BA, 23 de novembro de 2024

“Marcondes mexeu com interesses da AS de LD e foi castigado”, avalia Jean sobre humilhação imposta ao interino

PAULO AFONSO– São muitas as especulações acerca da ida do prefeito licenciado Luiz de Deus (PSD) a Salvador. A mais rasteira delas, com chances de ser a mais certa, é a de que Luiz procurou o governador Jerônimo com o intento de angariar um emprego para um parente.

Luiz de Deus com Jerônimo em Salvador/Instagram de Jerônimo.

A política de compadrio é o cânone que sustenta o grupo Deus e não é preciso ir longe para concluir isto: as pessoas de confiança do prefeito são seu genro e sua nora. Ambos amparados na prefeitura até recentemente. Contudo, politicamente, a aparição de Luiz ao lado de Jerônimo foi devastadora para o prefeito em exercício Marcondes Francisco (PSD) que, como é sabido, foi preterido pelo governador. Para aniquilar de vez, em mais uma oportunidade, Luiz se fez acompanhar por Luizinho.

Jean Roubert (PSD), não teve a menor dúvida de que, Luiz de Deus foi, ainda que nas últimas forças, mostrar que “ninguém que se coloque entre ele [Luiz] e o poder subsiste, ele derrubou todos.”

O vereador detalhou ainda que, Marcondes contratou o problema quando tirou contratos de familiares de Luiz e assumiu a boca do caixa, por assim dizer, da prefeitura, tirando o poder do ex-secretário do BTN, Luizinho, e de Cíntia Rosena, da Sedes.

“Marcondes tirou gargalos. Cortou logo o sobrinho de Luiz de Deus da Elite Engenharia, cortou o contrato dele -e ele foi ao ouvido: ‘titio, me cortaram o contrato’; cortou a influência do transprefeito e transprefeita da contabilidade para pagamentos, cortou, isso mexeu com os interesses do SA de Luiz de Deus e não adianta levá-lo para as algarobas, você mexeu na família dele!”

Jean lembrou 84 e disse que o momento é para diretas já! Movimento que há 40 anos tentou a eleição direta no país. Infelizmente, naquele momento da história, o país viveu mais uma eleição indireta, pelo Colégio Eleitoral.

“Não podemos nos apequenar no nosso mundinho, temos que começar mudando dentro de nós mesmos a fim de não nos tornarmos uma cidade de aposentados. Deus nos livre!”

“Não existe espaço vazio”, conclui Jean: “quem é agente político precisa se unir contra essa erva daninha ou marcaremos passos para trás, mais trinta anos de atraso.

 

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